Somos estudantes e estamos nas universidades públicas, privadas e comunitárias espalhadas pelo Brasil, construindo a partir de suas bases a luta pela educação e por um país desenvolvido científica e tecnologicamente, soberano e que avance nas pautas essenciais ao povo.
Nosso país vive um momento decisivo na atual quadra histórica. Essa geração enfrenta uma extrema-direita que possui enraizamento nas tradições mais autoritárias, com práticas que esboçam o projeto que os setores mais atrasados da política e da economia defendem. O bolsonarismo, mesmo após a derrota eleitoral, segue organizado e alinhado a uma rede global pautada na política imperialista de ataque à soberania dos povos, tal como podemos identificar a partir da recente decisão de Donald Trump de aplicar um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, mostrando que o imperialismo estadunidense está disposto a tudo para frear o avanço de alternativas ao seu domínio.
A UNE e dezenas de movimentos sociais cumprem um papel central na disputa por um país com um projeto voltado para o povo ao construir o Plebiscito Popular por Justiça Fiscal e Social, que mobiliza a sociedade a discutir pautas como a taxação dos bilionários, o alívio da carga tributária dos mais pobres e o fim da escala 6×1. Esse plebiscito é uma poderosa ferramenta de conscientização e mobilização popular ao apresentar uma alternativa concreta ao caos neoliberal. O desafio do conjunto dos estudantes, liderados pela UNE, é levar o plebiscito para cada universidade, cada campus, cada sala de aula do país. Somado a isso, se faz necessário continuar o encampamento da luta pela redução da taxa de juros no Brasil que chega a 15%, a segunda maior taxa real do mundo, desviando dinheiro da educação e diversas áreas sociais para os banqueiros, ampliando a carestia da população e comprometendo o desenvolvimento da economia nacional.
Por isso, no mês de agosto, faremos um grande mutirão nacional de coleta de votos na última semana do mês e, ao lado dos movimentos sociais, entregaremos o resultado à sociedade e às instituições como demonstração da força popular. Sabemos que nada virá sem luta. Cada conquista perpassou a organização da luta popular do povo e dos estudantes e este segue sendo o único caminho para virar esse jogo. Por isso, esse congresso precisa impulsionar um agosto de mobilizações em todo país!
● 29 de Julho – Manifestação em frente ao banco Central. Dia da reunião do COPOM.
● 01 de agosto – Dia nacional de mobilização contra o tarifaço de Trump e em defesa da soberania nacional.
● 11 de agosto – Dia do Estudante: vamos às ruas por uma educação fora do arcabouço fiscal, autônoma e prioridade no orçamento. Menos Juros e mais educação!
● Última semana de agosto – Mutirão nacional de mobilização e votação no Plebiscito Popular em todas as universidades do Brasil.
● Setembro – Entrega oficial do resultado do plebiscito construído com os movimentos sociais ao Congresso Nacional e ao governo.
Que o 60º Congresso da UNE seja um ponto de virada para conformar unidade na luta pelo Brasil que sonhamos.
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