A Coalizão MIT para a Palestina, composta por 20 diferentes grupos de estudantes e professores do campus, publicou um novo relatório de 83 páginas expondo os laços institucionais entre o instituto e o exército genocida de “Israel”.
“Os laboratórios do MIT no campus realizam pesquisas sobre armas e vigilância diretamente patrocinadas pelo exército israelense”, afirma a coalizão. E segue: “desde pelo menos 2015, os laboratórios do MIT receberam milhões de dólares do Ministério da Defesa de Israel para projetos que desenvolvem algoritmos que ajudam enxames de drones a perseguir melhor alvos que tentam escapar; melhorar a tecnologia de vigilância submarina; e apoiar aeronaves militares a desviar de mísseis”.
Prahlad yengar, um estudante de pós-graduação no departamento de engenharia elétrica e ciência da computação afirmou: “o MIT deveria até reconhecer que isso é um genocídio. Isso viola as próprias políticas do MIT ao financiar ou colaborar com uma entidade que está ativamente perpetrando um genocídio. É uma violação da sua própria política de auditoria e risco, porque está envolvido em violações ativas dos direitos humanos. E ainda assim, o MIT não aplica esse padrão a Israel”.
Lyengar disse que foi suspenso pela universidade, que o acusou de “assédio e intimidação” porque ele fez perguntas aos recrutadores da Lockheed Martin sobre seu programa de armas em uma feira de carreiras no campus.
“Eu perguntei muito sobre a ética de trabalhar em defesa e também sobre aplicações civis. Ele então me direcionou para falar com outro recrutador, e eu fiquei na fila para falar com esse recrutador. No final, a equipe da feira de carreiras decidiu que eles iriam levar a Lockheed Martin para uma sala privada, e iriam mover seus recrutadores para lá, e iriam chamar os estudantes um por um”, ele relata.
Por causa da militância, Lyengar foi banido do campus e a administração iniciou o processo de expulsão.