O estilo de vida cada vez mais insalubre está influenciando a incidência de câncer de intestino em pessoas com menos de 50 anos. Em artigo no site The Conversation, a professora do departamento biomédico da Universidade de Lancaster, Sarah Allison, apontou que diversos estudos apontam a tendência de que pessoas enfrentem o terceiro câncer mais comum do mundo cada vez mais jovens.

Enquanto os diagnósticos entre os maiores de 50 anos estão estabilizados, entre os mais jovens o risco de desenvolver o câncer colorretal está se tornando mais alto.

Em 2019, um estudo realizado em sete países de alta renda demonstrou que a redução de casos em pacientes maiores de 50 anos se deve a exames de rotina capazes de identificar lesões pré-cancerosas.

Mas o mesmo levantamento apontou que o risco de desenvolver câncer retal precocemente é cinco vezes maior para os nascidos em 1990, em comparação aos que nasceram em 1920.

Outro estudo realizado em 50 países diferentes constatou o aumento de casos na América Latina, Europa, Caribe e Ásia, especialmente por conta do estilo de vida cada vez mais insalubre da população.

Sedentarismo, dieta pobre em fibras, alto consumo de gorduras ou comida processada, sobrepeso ou obesidade, consumo de álcool e tabagismo estão entre os fatores de risco que aumentam, exponencialmente, a chance de desenvolver câncer de intestino.

A epidemia de obesidade também ajuda a explicar o avanço do câncer de intestino precoce. Pesquisadores acreditam que as alterações metabólicas ligadas à obesidade, como inflamação e hormônios desregulados, favorecem o desenvolvimento de câncer, além de estar associado ao diabetes 2, doença que também aumenta o risco da doença.

Diagnóstico tardio

Em geral, pacientes com câncer de intestino precoce são diagnosticados apenas em estágio tardio, uma vez que a maioria dos programas de prevenção têm como público os maiores de 50 anos.

Existe, ainda, o desconhecimento sobre a doença e seus sintomas, a exemplo de dores abdominais, fezes com sangue, mudança nos hábitos intestinais e perda de peso inexplicável.

Para evitar a doença, a pesquisadora recomenda dieta saudável, redução do consumo de alimentos ultraprocessados e álcool, prática regular de exercícios físicos e não fumar.

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Last Update: 14/01/2025