A Casa Branca anunciou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai se reunir com sua equipe de segurança nacional, nesta segunda-feira (5), para discutir o possível ataque iminente do Irã e do grupo libanês Hezbollah contra Israel, em retaliação aos assassinatos de líderes do Hamas e do movimento xiita, figuras centrais nas negociações sobre um cessar-fogo em Gaza
Em meio a tensão, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversou neste domingo (4) com os países do G7 alertando sobre os ataques que devem ocorrer, nas próximas 48 horas, segundo os relatos de três fontes não identificadas. O portal informou que ação de Blinken buscou organizar uma pressão internacional de última hora sobre o Irã e o Hezbollah, a fim de minimizar a retaliação desses grupos contra Israel “o máximo possível”. Para Blinken, limitar o impacto desses ataques é a melhor estratégia para prevenir uma guerra em larga escala.
Em resposta, O G7 – que também inclui Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido – emitiu um comunicado expressando “profunda preocupação com o nível elevado de tensão no Oriente Médio” e pedindo controle de todas as partes.
O Alto Comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Turk, também manifestou preocupação com o aumento da tensão na região. “Estou profundamente preocupado com o risco crescente de um conflito mais amplo no Oriente Médio e apelo a todas as partes, juntamente com os estados com influência, para que possam agir urgentemente para acalmar essa situação”, disse Turk.
Em mais uma ação dos norte-americanos neste sentido, Joe Biden irá conversar ainda hoje com o rei Abdullah da Jordânia, por meio de uma ligação. Nos últimos dias, o ministro das Relações Exteriores jordaniano, Ayman Safadi, visitou o Irã a fim de estreitar as aproximações diplomáticas e evitar o aumento da violência.
“Punir Israel é necessário”
Já o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, também disse hoje que Teerã não está procurando aumentar as tensões regionais, mas acredita que “punir Israel é necessário” para evitar mais instabilidade.
As ameaças iranianas se intensificaram após o assassinato do chefe militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute, logo após a morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, na capital Teerã.
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