Os Estados Unidos intensificaram seus esforços contra a violência de colonos israelenses, listando novos indivíduos e organizações em uma extensa lista de sanções, incluindo alertas para os bancos para investigarem transações relacionadas a “postos avançados” na Cisjordânia ocupada.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, as novas sanções abrangem o grupo de extrema-direita Lehava e dois membros do Tsav9, um grupo de campanha que agiu para impedir a chegada de ajuda humanitária para os palestinos em Gaza.

As medidas também incluem postos avançados, sinalizando que o governo de Joe Biden pode tomar medidas para enfrentar a crescente ocupação de território na Cisjordânia pelos israelenses.

Um dos postos avançados visados foi criado por um conselho regional, o que implica que ramos do Estado israelita não estão mais potencialmente fora dos limites quando se trata de sanções.

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, os quatro postos avançados na Cisjordânia visados pelas sanções “pertencem ou são controlados por indivíduos designados pelos Estados Unidos, que os transformaram em armas para ações violentas para expulsar palestinos”.

“Parece que não visaram apenas colonos extremistas, mas também introduziram uma ligação à territorialidade ao citar postos avançados ilegais”, disse Aaron David Miller, antigo negociador do Departamento de Estado para o Médio Oriente e agora membro sênior do Carnegie Endowment for International Peace.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 se aliaram à ONU e à União Europeia para condenar a decisão de Israel em legalizar cinco postos avançados na Cisjordânia, considerando o plano “inconsistente com o direito internacional”.

Em maio, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, orientou os ministérios israelenses para que preparassem a mudança de mais 500 mil israelenses para a Cisjordânia e, mais recentemente, o governo aprovou a maior ocupação de territórios na região em mais de 30 anos.

Observadores destacaram que a mais nova ocupação liga os colonatos por meio de um corredor adjacente à Jordânia, em uma movimentação que pode comprometer a formação de um futuro Estado palestino.

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Última Atualização: 11/07/2024