O Tesouro dos Estados Unidos formalizou nesta sexta-feira 23 o levantamento das sanções contra a Síria, anunciado pelo presidente Donald Trump durante sua visita à Arábia Saudita na semana passada.
“O Departamento do Tesouro e o Departamento de Estado estão implementando autorizações para incentivar novos investimentos na Síria”, declarou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em um comunicado.
A medida formalizou uma decisão anunciada pelo presidente Donald Trump na semana anterior, durante uma viagem ao Oriente Médio, quando declarou inesperadamente que suspenderia as sanções “brutais e paralisantes” da era Bashar al Assad contra a Síria, em resposta aos pedidos da Turquia e da Arábia Saudita.
A Síria deve “continuar trabalhando para se tornar um país estável e em paz, e esperamos que as medidas adotadas hoje coloquem o país no caminho de um futuro brilhante, próspero e estável”, afirmou Bessent.
O alívio das sanções se estende ao novo governo da Síria, com a condição de que o país não ofereça abrigo a organizações terroristas e garanta a segurança das minorias religiosas e étnicas, informou o Tesouro.
O secretário de Estado, Marco Rubio, indicou que o levantamento das sanções americanas deve permitir “realizar investimentos que promovam a estabilidade e impulsionem os esforços de recuperação e reconstrução da Síria”.
Em particular, isso deve impactar o “fornecimento de eletricidade, energia, água e saneamento, e permitirá uma resposta humanitária mais eficaz em toda Síria”, segundo Washington.
“O presidente Trump está dando ao governo sírio a oportunidade de prover a paz e a estabilidade, tanto internamente quanto nas relações da Síria com seus vizinhos”, acrescentou Rubio.
O Departamento de Estado emitiu simultaneamente uma isenção que permite a parceiros e aliados estrangeiros participarem da reconstrução da Síria, dando sinal verde para que empresas façam negócios no país.
A autorização abrange novos investimentos na Síria, a prestação de serviços financeiros e transações com produtos petrolíferos sírios.
Também permite realizar negócios com o novo governo sírio e com certas entidades previamente bloqueadas.
Washington havia imposto amplas restrições às transações financeiras com a Síria durante os 14 anos de guerra civil do país, deixando claro que usaria as sanções para punir qualquer um que participasse da reconstrução enquanto Assad continuasse no poder.
Após uma campanha liderada por islamistas que derrubou Assad no ano passado, o novo governo sírio tem buscado reconstruir relações com governos ocidentais e reverter as sanções punitivas.