Estados Unidos discutem abertura política para Nicolás Maduro em troca de transferência do poder na Venezuela, afirma imprensa

Os Estados Unidos estão em negociações para conceder um tipo de “perdão político” ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em troca de sua renúncia ao poder e o reconhecimento da vitória da oposição nas eleições presidenciais. A informação foi divulgada pelo jornal The Wall Street Journal, neste domingo 11.

Segundo a publicação, Washington estaria disposto a oferecer garantias de que Maduro e os principais dirigentes de seu governo não seriam perseguidos judicialmente, como parte de um acordo que facilitaria uma transição pacífica de poder no país sul-americano.

A crise política na Venezuela se intensificou após as eleições de julho, nas quais a oposição alega ter saído vitoriosa. No entanto, Maduro insiste que venceu o pleito e se recusa a deixar o cargo. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão que equivale à Justiça Eleitoral e que é amplamente visto como aliado do governo, proclamou a vitória de Maduro com 52% dos votos, mas não divulgou as atas eleitorais, alegando que o sistema foi hackeado.

Por outro lado, a oposição, liderada por Edmundo González, afirma que obteve 67% dos votos e apresentou como prova um site com mais de 80% das atas digitalizadas, obtidas por representantes que monitoraram a maioria dos locais de votação.

Os Estados Unidos, que acusam Maduro de conspiração para o tráfico de drogas, têm pressionado por uma resolução pacífica para a crise venezuelana.

Na semana passada, a oposição venezuelana sinalizou disposição em garantir proteção a Maduro, caso ele aceite uma transição gradual de poder. Contudo, Maduro rejeitou a oferta e exigiu que a líder oposicionista María Corina Machado se entregasse à Justiça.

A pressão internacional tem aumentado, com países como Brasil e Estados Unidos exigindo a divulgação das atas eleitorais.

No último sábado 10, a Suprema Corte da Venezuela iniciou uma auditoria das eleições, afirmando que seu resultado será “inapelável”. O governo brasileiro, entretanto, já indicou que não reconhecerá o resultado oficial das eleições sem a devida transparência na divulgação das atas.

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