Os Estados Unidos anunciaram, nesta terça-feira 10, que desembolsaram um empréstimo de 20 bilhões de dólares (R$ 121 bilhões) para a Ucrânia, respaldado pelos juros gerados por ativos russos congelados, como parte de um pacote de apoio do G7 no valor de 50 bilhões de dólares (R$ 302,6 bilhões).
O montante constitui uma parte importante dos 50 bilhões de dólares em novos empréstimos aprovados em outubro pelo G7, que busca ajudar Kiev a fortalecer o país em sua luta contra a invasão russa. O grupo é formado pelas sete democracias mais desenvolvidas do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
O anúncio também ocorre no fim do mandato do presidente democrata Joe Biden e quando o futuro do apoio americano a Kiev está em xeque pelo retorno do magnata republicano Donald Trump à Casa Branca em janeiro.
“Esses fundos, pagos com as receitas extraordinárias obtidas dos próprios ativos congelados da Rússia, fornecerão à Ucrânia uma infusão crítica de apoio enquanto defende seu país contra uma guerra de agressão não provocada”, afirmou a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, em comunicado.
Os empréstimos do G7 “vão ajudar a garantir que a Ucrânia tenha os recursos de que precisa para manter os serviços de emergência, hospitais e outros essenciais para sua valente resistência”, destacou Yellen.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse nesta terça-feira que estava “profundamente agradecido” pelo empréstimo, um “poderoso ato de justiça”.
O apoio “vai reforçar a defesa da Ucrânia e vai ajudar a proteger nossa soberania e nosso povo diante de agressões não provocadas”, acrescentou o chefe de Estado em outra declaração.