Estadão alimenta fake news ao publicar editorial sobre Pix. Foto: reprodução

Após mais de uma semana combatendo a fake news, já está posto que não há nenhum tipo de taxação sobre as transferências via Pix impostas pelo governo Lula. Porém, o jornal Estadão, nesta quarta-feira (15), fomentou em editorial a ideia dúbia que há uma “sanha arrecadatória de um governo que não quer cortar gastos” para justificar as mentiras espalhadas por bolsonaristas.

“Se non è vero, è ben trovato”, diz o título em italiano, que pode ser traduzido livremente como “se não é verdade, é bem pensado”. No texto de opinião, sem assinatura, o jornal paulista argumentou que “é preciso notar que um boato só prospera quando tem um fundo de verdade”.

Talvez comparando com o terraplanismo ou com as teorias de chip nas vacinas, o Estadão ainda defendeu que: “Pode até não ser verdade (e não é), mas faz todo o sentido, diante de um governo que não se esforça em cortar as despesas de um Estado balofo que não devolve em serviços básicos o que os muitos impostos financiam”.

O jornal conseguiu ir ainda mais longe quando o editor Carlos Andreazza argumentou em vídeo publicado nas redes sociais que a culpa da mentira ter se espalhado é do governo, e não dos bolsonaristas que criaram uma campanha de desinformação em massa.

“Não há taxação ao Pix, nem sobre movimentação financeira, ainda”, insinuando que seria questão de tempo para o governo fazer algo que nunca foi cogitado. “Mas a má comunicação e o histórico do governo alimentam as dúvidas”, sem dizer claramente qual seria o histórico do governo e ignorando o repertório de mentiras e desinformação da direita.

Um dos principais exemplos de disseminadores de mentiras é o deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Ele publicou um vídeo reforçando a ideia falsa de que o governo Lula pretende taxar as transações financeiras, quando, na verdade, há apenas uma nova ordem de monitoramento para evitar fraudes.

Como resultado, as transferências pelo Pix tiveram a maior queda desde a criação do sistema. Dados do Banco Central mostram que, entre 4 e 10 de janeiro de 2025, o número de operações foi de 1,25 bilhão, representando uma queda de 10,9% em relação ao mesmo período de dezembro.

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Last Update: 15/01/2025