A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza nesta terça-feira 3 uma operação contra lavagem de dinheiro da facção Comando Vermelho, e tem como um dos alvos a influenciadora Vivi Noronha, esposa do MC Poze do Rodo – nome artístico de Marlon Brandon Coelho Couto. A operação acontece um dia depois da publicação de decisão judicial que determinou a soltura de Poze, mas não tem relação direta com o caso que levou o artista à prisão.

Vivi é acusada de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro que movimentou, no total, mais de 250 milhões de reais. A Polícia, porém, não confirma os valores que teriam sido recebidos pela influenciadora. Segundo as investigações, Vivi Noronha e a empresa dela receberam dinheiro oriundo da facção, em depósitos feitos por “laranjas”. A operação, que não tem mandados de prisão, prevê bloqueio e indisponibilidade de bens e valores de 35 contas bancárias.

“A posição dela, segundo os agentes, na estrutura criminosa é simbólica, pois representa o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital, conferindo aparente legitimidade a valores oriundos do crime organizado e ampliando o alcance da narcocultura nas redes sociais”, resumiu a Polícia Civil.

CartaCapital entrou em contato Vivi Noronha e aguarda retorno. Nas redes sociais, ela postou uma série de mensagens, fotos e vídeos celebrando a decisão judicial que determinou a soltura do marido ainda na segunda-feira, e conclamou os seguidores a recebê-lo na saída do presídio nesta terça, levando alimentos não perecíveis para doações.

Envolvimento com o ‘Professor’

Ainda de acordo com a Polícia Civil fluminense, foi identificado que um dos chefes do Comando Vermelho, Philip Gregório da Silva, o ‘Professor’, morto no último domingo, era uma das figuras centrais da engrenagem financeira da facção.

Ele era responsável pela festa “Baile da Escolinha” que, segundo as investigações, “funcionava como ferramenta de dominação cultural e captação de recursos para o tráfico de drogas e armas”.

Investigada por calúnia

Vivi Noronha também é investigada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em outro processo – este, com relação com a ordem de prisão contra o marido. Um inquérito foi aberto na segunda-feira 2, depois de ela denunciar o sumiço de joias que estavam na residência do casal no dia em que Poze foi preso.

Nas redes sociais, ela disse ainda que os policiais foram truculentos com a família. “Foi humilhante, foi desumano e foi cruel. Não existiu humildade, não existiu compaixão a nós, NOSSOS FILHOS! Vocês são isso, tiram a esperança do preto favelado. Nem o mínimo vocês tiveram, que foi EDUCAÇÃO!”, escreveu. “Minha filha na cama e vocês não queriam deixar nem eu pegá-la no colo. É disso que vocês gostam! OPRIMIR.”

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Last Update: 03/06/2025