O número de afastamentos por transtornos psicológicos no Brasil atingiu quase meio milhão em 2024, segundo dados do Ministério da Previdência Social. Esse volume representa um crescimento de 68% em relação a 2023, o maior da última década.
A partir de 25 de maio, empresas serão obrigadas a identificar e gerenciar fatores psicossociais como estresse, assédio e sobrecarga de trabalho. Essa mudança ocorre com a revisão da Norma Regulamentadora n.º 1 (NR-1), que reforça a necessidade de um ambiente mais saudável.
Para Fatima Macedo, psicóloga e CEO da Mental Clean, a prevenção e a conscientização são decisivas para reduzir esse impacto. “Temos acompanhado um aumento expressivo de trabalhadores afastados por questões emocionais. É um problema crescente dentro das empresas”, afirma.
Medidas para reduzir o esgotamento
Os gestores precisam adotar estratégias para criar um ambiente de trabalho mais acolhedor. Algumas iniciativas podem ajudar:
- Rodas de conversa e palestras: convidar psicólogos ou especialistas para falar sobre saúde mental pode incentivar um diálogo mais aberto.
- Treinamento para gestores: capacitar lideranças para identificar sinais de estresse e sobrecarga nas equipes.
- Incentivo a hábitos saudáveis: oferecer espaços para alongamento ou atividades físicas pode contribuir para o bem-estar.
- Campanhas internas de conscientização: distribuir materiais informativos com dicas para gerenciar o estresse e a ansiedade.
Macedo reforça que criar um ambiente empático faz diferença no bem-estar das equipes. “A saúde emocional dos trabalhadores influencia diretamente na produtividade e nos resultados da empresa”, conclui.
Com a mudança na NR-1 e o aumento dos afastamentos, as empresas precisam revisar suas políticas internas e investir em iniciativas que priorizem a saúde mental de seus times.
