Na última terça-feira (27), cerca de 300 escritores francófonos, incluindo os prêmios Nobel de Literatura Annie Ernaux e Jean Marie Gustave Le Clézio, publicaram um artigo no jornal francês Libération denunciando o genocídio do povo palestino em Gaza. Eles exigem um cessar-fogo imediato e sanções contra a ditadura sionista, chamada de “Israel”, responsável pela ofensiva que devasta o território há mais de 19 meses.
O artigo destaca a urgência de nomear como genocídio as ações do enclave imperialista em Gaza. “Assim como foi urgente qualificar os crimes cometidos contra civis em 7 de outubro de 2023 como crimes de guerra e contra a humanidade, hoje é necessário nomear o ‘genocídio’”, afirma o texto. Os escritores pedem: “exijamos que se imponham sanções ao Estado de Israel, exijamos um cessar-fogo imediato que garanta segurança e justiça para os palestinos, a libertação dos reféns israelenses, a dos milhares de prisioneiros palestinos detidos arbitrariamente em prisões israelenses, e o fim, sem demora, deste genocídio”. Entre os signatários estão autores premiados com o Goncourt, como Hervé Le Tellier e Leïla Slimani.
A ofensiva do país artificial começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas e levou ao sequestro de 251 reféns, segundo dados oficiais. Desde então, “Israel” bombardeia Gaza, matando mais de 43 mil palestinos até maio de 2025, conforme o Ministério da Saúde de Gaza. Desde 17 de maio, a operação foi intensificada, com o objetivo de libertar reféns, destruir o Hamas e controlar o território. Imagens mostram hospitais destruídos, crianças desnutridas e famílias soterradas em escombros. A ONU estima que 90% da população de Gaza foi deslocada, e a fome atinge 1,1 milhão de pessoas.
Embora “Israel” rejeite a classificação de genocídio, os números e as ações comprovam que é exatamente isso que os sionistas estão fazendo. Em janeiro de 2024, a Corte Internacional de Justiça determinou que há indícios de genocídio em Gaza, exigindo que o enclave imperialista tomasse medidas para proteger civis, o que não foi cumprido. Relatórios da Anistia Internacional documentaram o uso de bombas de fósforo branco, proibidas internacionalmente, contra áreas civis. A destruição de 70% das escolas e a morte de mais de 10 mil crianças, segundo a Unicef, evidenciam a intenção de aniquilar o povo palestino.
A denúncia dos escritores reforça um movimento global. Países como África do Sul e Turquia já acusaram “Israel” de genocídio, e protestos em cidades como Paris e Nova Iorque exigem o fim da ofensiva. As ações da ditadura sionista, marcadas por violência sistemática, comprovam que o termo genocídio não é exagero, mas a descrição exata do horror imposto aos palestinos.