Matéria atualizada à 20h25

O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), anunciou hoje (23/7) que no retorno do recesso parlamentar vai reunir assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar a movimentação de mais de R$ 6,6 bilhões na bolsa de valores brasileira em operações “atípicas e suspeitas realizadas com informações privilegiadas” poucas horas antes do anúncio do tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos. Segundo denúncia veiculada pelo ICL Notícias, grandes grupos financeiros como BGC (do atual Secretário de Comércio do governo Trump, Howard Lutnick), BTG Pactual e Tullett Prebon estariam entre os operadores que lucraram nesta movimentação.

Leia a íntegra da nota:

A revelação de que mais de R$ 6,6 bilhões foram movimentados na bolsa de valores brasileira em operações atípicas e suspeitas realizadas com informações privilegiadas poucas horas antes do anúncio oficial do tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos acende um grave alerta sobre a existência de uma aliança internacional de ataque à soberania do Brasil — com motivação política, finalidade golpista e ganhos financeiros escusos.

Segundo denúncia veiculada pelo ICL Notícias, grandes grupos financeiros como BGC (do atual Secretário de Comércio do governo Trump, Howard Lutnick), BTG Pactual e Tullett Prebon estariam entre os operadores que lucraram com a queda previsível dos ativos brasileiros provocada pelas sanções norte-americanas.

É inadmissível que, enquanto o povo brasileiro enfrenta os efeitos econômicos da retaliação imposta pelo governo Trump, aliados de Jair e Eduardo Bolsonaro estejam lucrando com a desvalorização do Brasil. Há fortes indícios de que setores do bolsonarismo estariam atuando para sabotar o país do exterior, em articulação com interesses estrangeiros hostis, com o objetivo de desestabilizar o governo democraticamente eleito e enfraquecer o Estado brasileiro.

A participação de Eduardo Bolsonaro e de seu aliado Paulo Figueiredo, neto do último ditador da ditadura militar brasileira, aprofunda ainda mais o escândalo. Ambos atuaram abertamente nos Estados Unidos defendendo as sanções contra o Brasil, articulando junto a setores do governo Trump e pressionando por medidas que prejudicam diretamente a economia e a imagem internacional do país. Em vez de defender os interesses nacionais, Eduardo e Figueiredo agiram como lobistas contra a própria pátria, revelando um alinhamento vergonhoso com forças estrangeiras hostis e transformando o golpismo em estratégia de desestabilização econômica e ganho político pessoal.

Diante da gravidade dos fatos, parlamentares comprometidos com a soberania nacional anunciarão, no retorno do recesso, a reunião de assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). O objetivo será apurar em profundidade a origem das operações financeiras realizadas às vésperas das sanções, identificar eventuais crimes financeiros e de traição à pátria, e expor os vínculos entre operadores do mercado e agentes políticos ligados ao bolsonarismo e à extrema direita internacional.

O Congresso Nacional não pode se omitir diante da possibilidade de que crimes de guerra híbrida, manipulação financeira e conspiração contra a economia brasileira estejam sendo cometidos com envolvimento direto de quem deveria defender os interesses do país.

O Brasil não é colônia de interesses externos. Ninguém vai lucrar impunemente com ataques ao nosso país. Vamos reagir à altura!

 

Brasília, 23 de julho de 2025.

 

Lindbergh Farias

Deputado Federal (PT/RJ)

Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados

 

 

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Last Update: 23/07/2025