Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

O ataque realizado pelos Estados Unidos contra três instalações nucleares no Irã, no sábado (21), provocou forte repercussão internacional e gerou uma onda de condenações por parte de governos e organizações em todo o mundo.

A ação, anunciada pelo presidente Donald Trump como uma resposta estratégica ao avanço do programa nuclear iraniano, marcou uma nova fase na escalada do conflito no Oriente Médio e foi duramente criticada por diversas potências globais.

A Rússia classificou o ataque como uma “decisão irresponsável” e uma “violação flagrante do direito internacional”, exigindo o fim imediato da ofensiva e o retorno ao diálogo diplomático. Moscou alertou que a ação ameaça a estabilidade global e compromete as normas da Carta das Nações Unidas, pedindo esforços para restaurar um caminho político na região.

A China também condenou a ofensiva, acusando os EUA de agravar as tensões no Oriente Médio. O governo chinês pediu um cessar-fogo imediato, especialmente por parte de Israel, e apelou para que todas as partes retornem à negociação. “As ações dos EUA violam gravemente os princípios da ONU e do direito internacional”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país.

Na Europa, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer afirmou que o Irã jamais deve desenvolver uma arma nuclear, mas defendeu que a saída para a crise é diplomática. Ele instou o Irã a retornar às negociações.

A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, pediu “redução da tensão” e alertou para os riscos de uma nova escalada militar na região.

Na região do Oriente Médio, países como Iraque, Arábia Saudita e Paquistão expressaram preocupação com a instabilidade causada pelo bombardeio.

O Iraque classificou a ação como uma grave ameaça à paz regional, enquanto a Arábia Saudita destacou a necessidade de contenção e diálogo. O Paquistão considerou o ataque uma violação do direito internacional e reconheceu o direito do Irã à autodefesa.

Organizações internacionais também se manifestaram. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para uma “escalada perigosa” e reafirmou que “não há solução militar para o conflito”. A AIEA, agência nuclear da ONU, informou que não houve aumento nos níveis de radiação, mas convocou reunião de emergência.

Grupos aliados ao Irã também reagiram. O Hamas condenou a ofensiva americana como “flagrante agressão”, e os houthis, do Iêmen, afirmaram que a ação representou uma “declaração de guerra”.

A reação do Papa Leão XIV também entrou no centro das discussões. Durante a oração do Angelus no Vaticano, ele expressou profunda preocupação com a escalada da violência na região: “A humanidade clama e clama pela paz diante das notícias alarmantes do Oriente Médio”.

Retaliação

A resposta iraniana ocorreu em forma de retaliação neste domingo (22), após o país lançar dezenas de mísseis contra Israel.

As ofensivas atingiram Tel Aviv, Haifa e Ness Ziona, deixando ao menos 23 feridos, segundo autoridades locais.

Imagens divulgadas por agências internacionais mostram prédios severamente danificados, principalmente na região de Ramat Aviv, em Tel Aviv.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 22/06/2025