A investigação da “Operação Paralela”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (11), revela que os auditores da Receita Federal investigavam a “rachadinha” do filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e que houve uma tentativa de anular a investigação.
Os alvos do monitoramento ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) incluíram os auditores da Receita Federal Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.
A representação da PF enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a execução dos mandados desta quinta-feira cita expressamente o “caso da rachadinha” de Flávio Bolsonaro.
O general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), conversou com o então chefe da ABIN, Alexandre Ramagem, o então presidente Jair Bolsonaro e “possivelmente a advogada do senador Flávio Bolsonaro” sobre as supostas irregularidades cometidas pelos auditores da Receita Federal.
Essa conversa teria ocorrido no dia 25 de agosto de 2020 e gravada, segundo a PF, no áudio é possível identificar a atuação do Del. Alexandre Ramagem indicando que seria necessário a instauração de procedimento administrativo contra os auditores da receita com o objetivo de anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos.


