A Polícia Civil do Rio de Janeiro procura o motorista do Porsche Boxter, indicado como o influenciador Bruno Santos da Silva, que atropelou e matou um motociclista na BR-116, em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro. O acidente aconteceu na madrugada da última quinta-feira 1º.
A vítima é um produtor rural Luís Carlos de Oliveira, de 47 anos.
Segundo a polícia, o influenciador, conhecido nas redes como ‘Bruno do Vale’, dirigia o carro de luxo no momento do atropelamento. Momentos antes ele foi visto saindo de um posto de gasolina em alta velocidade.
Em nota, a PRF afirmou que foi acionada para o acidente e, ao chegar no local, um homem se apresentou como o condutor do veículo e foi encaminhado para o 110º DP (Teresópolis). O jovem era João Pedro Silva, no entanto, segundo testemunhas, não era ele que conduzia o veículo no momento do acidente.
Segundo investigação da Polícia Civil, o influenciador “Bruno do Vale” é o dono do veículo e era quem conduzia a Porsche naquela noite.
A defesa nega que o influenciador estivesse ao volante do carro de luxo.
Imagens do posto de gasolina, no entanto, mostram Bruno calibrando os pneus antes de reassumir a direção do veículo. Testemunhas apontam, ainda, que ele estava sozinho e saiu do local “cantando pneu”.
Bruno do Vale é considerado foragido da Justiça desde a última quinta-feira. O Ministério Público pediu a prisão do influenciador alegando “descumprimento de medida cautelar de recolhimento domiciliar”.
As medidas citadas são decorrentes de uma operação da PRF e da Polícia Federal, realizada em 2022, que visava desarticular um grupo responsável por promover manobras arriscadas com motocicletas de Teresópolis. O influenciador era um dos alvos principais da ação.
À época, foram estabelecidas medidas cautelares em substituição à prisão, como o recolhimento domiciliar após às 22h.
A investigação, naquela ocasião, começou a partir de um vídeo, no qual Bruno empinava uma moto em uma rodovia federal, quase causando um acidente grave. Ele não tinha habilitação à época.
O influenciador foi indiciado 90 vezes por exibir manobras em via pública e outras 90 vezes pelo crime de falta de habilitação, por incitar a prática de crime. Ele também responde por atentado ao pudor por mostrar suas partes íntimas enquanto conduzia uma moto.
Terceiro caso
Esse é o terceiro caso recente envolvendo veículos da marca Porsche. Os dois primeiros, em São Paulo, resultaram na morte de um motorista de Uber e de um motociclista. Nesses dois casos paulistas, os condutores dos carros de luxo estão presos.