O presidente do Equador, Daniel Noboa, se reelegeu neste domingo, em um polêmico processo eleitoral sob denúncias de fraudes.
A vitória foi amplamente contestada, após as pesquisas eleitorais indicarem que os resultados das votações seriam apertados entre Noboa e a opositora, Luisa González, que buscava a sucessão do governo de Rafael Correa (2007-2017) no Equador.
A consultora Comunicaliza, de reconhecimento no país, indicava uma diferença de 0,3 pontos percentuais entre os candidatos. No primeiro turno, no dia 9 de fevereiro, Noboa saiu na frente, mas com apenas 0,17 pontos a mais do que González.
O país esperava a eleição mais acirrada de sua história. Mas o que se viu neste domingo foi uma vitória de mais de 10 pontos de diferença para o atual presidente. González não reconheceu a derrota e pediu a recontagem de votos, alegando “uma fraude eleitoral grotesca”.
O ex-presidente Rafael Correa também denunciou o que seria uma “megafraude” no segundo turno das eleições. O líder lembrou que o partido sempre aceitou “a vitória do oponente, quando ela é justa”. “Estatisticamente o resultado é IMPOSSÍVEL”, escreveu Correa nas redes.
“Luisa teria praticamente o mesmo número de votos do primeiro turno. Eles cometeram uma megafraude, mas cometeram um erro: foram longe demais”, disse o ex-presidente.
Correa está na Bélgica desde que o presidente neoliberal assumiu o poder no Equador e foi alvo de uma perseguição judicial, em 2017.
Apesar das graves acusações, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador não se manifestou sobre uma apuração do resultado. “Não há dúvida sobre quem é o vencedor”, disse Noboa sobre o polêmico resultado.
Enquanto isso, nas primeiras horas desta segunda-feira (14), Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, ignorou as acusações e parabenizou Noboa pela reeleição. “Parabéns a Daniel Noboa, que será um grande líder para o maravilhoso povo do Equador. Ele não vai decepcionar vocês!”, disse o mandatário norte-americano.
Há duas semanas, o atual presidente neoliberal do Equador visitava Trump na Casa Branca.
