Diante de uma inflação de 211% ao ano e uma recessão severa, a Argentina, sob a liderança de Javier Milei (foto/reprodução internet), implementou medidas radicais para reverter a crise econômica. Entre as ações, destaca-se o corte de 35% nos gastos públicos, resultado do fechamento de 13 ministérios e eliminação de salários considerados excessivos. Além disso, começou a privatização de estatais, com foco no setor de transportes, buscando atrair investimentos e reduzir o déficit fiscal.
Embora o PIB tenha registrado crescimento, o impacto social foi severo: a taxa de pobreza subiu 11 pontos percentuais, atingindo 53%, reflexo dos cortes em programas governamentais. Mesmo com essa recuperação parcial, o país deve encerrar o ano com uma contração econômica de 3%. No entanto, projeções para 2025 indicam um crescimento de 5,2%. A estratégia de Milei expõe um dilema clássico: priorizar ajustes econômicos pode gerar crescimento no curto prazo, mas sem redes de proteção social, a desigualdade se agrava, fragilizando o tecido social.