Com a guerra tarifária redesenhando o comércio global, o Brasil tem uma chance real de reposicionamento. Mas, para isso, precisa transformar seu sistema tributário em um instrumento de produtividade e confiança.
No tempo em que um empresário brasileiro cumpre suas obrigações fiscais, um empreendedor em Singapura poderia abrir três empresas, expandir duas e ainda descansar. São 1.500 horas por ano, contra apenas 64 horas no país asiático, segundo o Doing Business 2020. O Brasil não tributa apenas o lucro: tributa o tempo, a energia e a paciência de quem produz.
Esse não é um problema contábil. É um entrave estrutural ao desenvolvimento. Quando o tempo do empreendedor é absorvido pela incerteza fiscal, pela multiplicidade de declarações e pela constante ameaça de autuações contraditórias, o país se converte em um ambiente de alto risco. A consequência é direta: quem pode, desloca; quem não pode, retrai. E o Brasil cresce menos do que poderia.
Fonte: CNN Brasil
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