O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou o atual mandatário da nação, Luis Arce, de “enganar e mentir” ao povo boliviano e ao mundo. A denúncia foi feita em seu perfil oficial no X, quatro dias após a Bolívia sofrer uma nova tentativa de golpe de Estado liderada pelos militares.
Morales convocou uma ampla mobilização popular, que rapidamente foi atendida pela classe operária da nação, derrotando a quartelada. Agora, o líder deposto no golpe de Estado de 2019 denuncia a tentativa de autogolpe por parte do atual governo, que embora eleito graças ao apoio de Morales, foi expulso do partido Movimento ao Socialismo (MAS) por sua guinada à direita.
Em sua publicação, Morales disse: “O presidente Luis Arce enganou e mentiu ao povo boliviano e ao mundo. É lamentável que seja utilizado um tema tão delicado como o relato de um golpe. Perante esta realidade, devo pedir desculpa à comunidade internacional pelo alarme gerado e agradecer a sua solidariedade para com o nosso país. É importante que uma investigação completa e independente demonstre a veracidade deste fato.”
Antes disso, Morales disse em entrevista ao jornal boliviano La Razón que o presidente Arce “enganou, mentiu para os bolivianos”, dizendo também estar “mais convencido” de que o atual presidente usou a manobra “para melhorar a imagem dele”.
No último dia 26, militares liderados pelo general Juan José Zúñiga ocuparam a Plaza Murillo, onde também se localiza o Palácio Quemado, sede do governo do país. Zúñiga negou que a mobilização de tropas em frente à sede do governo boliviano tivesse qualquer intenção golpista, acusando o mandatário do país de forjar a cena para “aumentar a sua popularidade”.
O que parece uma argumentação tola da direita para desacreditar uma tentativa de golpe, no entanto, ganhou ares de veracidade após a denúncia do principal líder popular da Bolívia. Em programa de rádio, Morales disse ter recebido informações seguras de que Arce considerava opções para evitar que “Evo voltasse a ser presidente, incluindo um governo militar, comandado por uma junta militar”.
As denúncias de Morales incrementam ainda mais a turbulenta situação política da Bolívia, que acompanhando a crise mundial, se acentua. O imperialismo usa direitistas assumidos como Camacho e setores filo imperialistas da esquerda para controlar o país mais pobre do subcontinente.
Para o imperialismo, a necessidade de controlar a América Latina torna-se ainda maior, dado as derrotas que tem sofrido no resto do planeta. Nenhum esforço foi poupado pela ditadura mundial para controlar a Bolívia e outras nações da região.