A reunião em que Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, gravou o ex-presidente Jair Bolsonaro escondido ocorreu no dia 25 de agosto de 2020, no terceiro andar do Palácio do Planalto. Eles estavam no gabinete presidencial por volta das 18h e a conversa durou pouco mais de uma hora. A informação é da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.
Além da dupla, participaram do encontro Augusto Heleno, ex-chefe do GSI, e Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, então advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O próprio parlamentar não participou por estar com Covid-19.
Eles discutiram sobre uma teoria de que Flávio estaria sendo bisbilhotado ilegalmente por servidores da Receita Federal, o que teria gerado o relatório do Coaf contra ele.
Durante a conversa, as advogadas detalharam a suposta espionagem contra o senador e afirmaram que os servidores da Receita trabalhavam como uma organização criminosa dentro do órgão. Segundo elas, os auditores incluíram informações que eles não dispunham no relatório do Coaf.
O ex-presidente ficou revoltado com a tese e perguntou se Ramagem tinha conhecimento daquilo. O chefe da Abin disse que não e as advogadas entregaram um documento que pretendiam protocolar no GSI para pedir auxílio da pasta e obter provas que sustentassem a tese.
Ramagem tirou uma cópia do documento e entregou no dia seguinte a elas. Logo depois, a “Abin Paralela” passou a auxiliar a defesa de Flávio no caso. Pelo menos dois relatórios foram enviados ao senador com orientações para tentar anular o caso.
Segundo relatório da Polícia Federal na apuração sobre estrutura de espionagem ilegal, Ramagem defendeu instaurar procedimento administrativo contra os auditores da Receita para “anular a investigação” contra Flávio, “bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”.
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