Encontro Nacional de Formadores da Jornada de Alfabetização de Jovens e Adultos nas Periferias de Pernambuco

Fotos: Rebeca Martins

Ana Sales
Da Página do MST

Entre os dias 23 e 29 de março de 2025, o Centro de Formação Paulo Freire será transformado em um espaço de imersão pedagógica e partilha de saberes durante o Encontro Nacional de Formação de Formadores(as) da Jornada de Alfabetização de Jovens e Adultos nas Periferias, da Campanha Mãos Solidárias.

Reunindo educadores e formadores de diversas regiões do país, a formação tem como objetivo aprofundar o método de ensino “Sim, Eu Posso!” e fortalecer as ações pedagógicas da Jornada de Alfabetização.

O encontro será um espaço de formação política e pedagógica, abordando não apenas a metodologia do “Sim, Eu Posso!”, mas também reflexões sobre a conjuntura brasileira e os fundamentos da educação de jovens e adultos. Será uma oportunidade para discutir as experiências de campanhas de alfabetização, destacando o papel transformador da educação nas periferias.

Além disso, o encontro se configurará como um momento estratégico para organizar o acompanhamento pedagógico dos alfabetizadores(as). A programação será estruturada e garantida pela organicidade do MST, reforçando o compromisso com a formação contínua e a construção coletiva de saberes.

A expectativa é reunir cerca de 200 participantes, incluindo equipes estaduais de coordenação, apoio técnico e comunicadores sociais. Também estarão presentes os coordenadores(as) de turmas dos estados do Nordeste, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

O evento contará ainda com a presença da equipe da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), do Setor Nacional de Educação do MST, do Ministério da Educação, entre outros convidados(as).

“Sim, Eu Posso!”: Um Método de Alfabetização que Muda Vidas

Desenvolvido em Cuba e adotado em mais de 30 países, o método “Sim, Eu Posso!” (“Sí, Yo Puedo”) é uma estratégia de alfabetização em massa que utiliza videoaulas e materiais didáticos acessíveis. A metodologia chegou ao Brasil em 2006, por meio de uma parceria com prefeituras do Piauí. No ano seguinte, o MST incorporou o modelo às suas ações educacionais, aplicando-o nas áreas de reforma agrária e ampliando seu alcance para diversas comunidades.

A metodologia tem como base a utilização de telenovelas, estruturando turmas reduzidas de até 15 educandos. Por meio dos episódios, as letras do alfabeto e os números são apresentados de forma contextualizada, facilitando a memorização e a aprendizagem. Com o avanço das aulas, os educandos passam a identificar, construir e escrever palavras e frases, promovendo não apenas a alfabetização, mas também o empoderamento e a inserção social.

Com essa iniciativa, o MST reafirma seu compromisso histórico com a educação popular e com o direito universal à alfabetização, promovendo não apenas o acesso à leitura e à escrita, mas também a formação de sujeitos críticos e engajados na transformação social.

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