O adiamento da missão Artemis 2 pela Nasa, inicialmente prevista para setembro de 2025 e remarcada para abril de 2026, abriu caminho para que empresas privadas assumam o protagonismo na corrida lunar. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, ao menos cinco tentativas de alunissagem estão programadas para 2025, lideradas por companhias como Firefly Aerospace, Intuitive Machines, Astrobotic e ispace. “Estamos em uma nova era da exploração espacial, marcada pela competitividade e inovação”, destaca o texto.
Entre as empresas americanas, a Firefly Aerospace planeja lançar sua espaçonave Blue Ghost já em janeiro, marcando um dos primeiros voos do ano. A Intuitive Machines, pioneira em realizar uma alunissagem privada em 2024, espera repetir o feito com seu módulo Nova-C e projeta um terceiro voo até o final de 2025. A Astrobotic, por sua vez, tentará redimir-se após o fracasso de sua missão Peregrine no ano passado, utilizando um pousador mais robusto, chamado Griffin.
A competição também envolve empresas internacionais, como a japonesa ispace, que prepara o segundo voo do seu pousador robótico Hakuto-R. O primeiro modelo chegou próximo de alunissar em 2023, mas falhou. Vale notar que todos esses lançamentos contarão com a SpaceX, de Elon Musk, responsável por fornecer os foguetes Falcon 9 ou Falcon Heavy.
Outro destaque do ano será a entrada da Blue Origin, de Jeff Bezos, no mercado de lançamentos lunares. O novo foguete reutilizável da empresa, o New Glenn, promete rivalizar diretamente com os modelos da SpaceX.
Apesar do entusiasmo, os riscos são elevados. A Nasa, que financia parte desses projetos, reconhece que o modelo de inovação e baixo custo adotado pelas empresas pode resultar em falhas.
Mesmo com desafios, a expectativa é que os avanços tecnológicos e a crescente concorrência impulsionem a exploração lunar nos próximos anos, consolidando o papel da iniciativa privada nesse novo capítulo da corrida espacial.
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