As pequenas e médias empresas (PMEs) do Rio Grande do Sul registrou um aumento de 9,7% no faturamento em junho comparado a maio, de acordo com o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs).
No entanto, houve uma queda de 2,7% em relação à média do primeiro quadrimestre do ano. Em maio, a retração foi de 10%, e o crescimento em junho sugere o início de uma recuperação.
Figura 1: Desempenho econômico das PMEs gaúchas
Luís Felipe Beraldi, economista da Omie, destaca a recuperação nos setores de Comércio, com um aumento de 43%, e Indústria, que cresceu 17%, ambos em comparação a maio.
Ele ressalta que os serviços de Informação e Comunicação mantiveram a estabilidade, apesar das quedas em Alojamento, Alimentação, Artes, Cultura, Esporte e Recreação.
O IODE-PMEs monitora empresas com faturamento de até R$50 milhões anuais, abrangendo 678 atividades econômicas.
A análise dos impactos das enchentes se concentrou nos setores de Comércio, Indústria e Serviços, utilizando fluxos financeiros específicos.
Figura 2: Quedas e recuperações parciais foram mais intensas nos setores de Comércio e Indústria
O economista também observa que, embora o crescimento em junho tenha sido moderado, ele contrasta com a tendência geral de expansão das PMEs em 2024, que acumularam alta de 4,3% no ano.
Antes das enchentes, entre janeiro e abril, o mercado local de PMEs já mostrava um crescimento de 8,6% no faturamento comparado ao mesmo período do ano anterior.
O Rio Grande do Sul, quinta maior economia do Brasil, contribui com 6% do PIB nacional e possui cerca de 1,5 milhão de empresas ativas, das quais 80% estão em áreas afetadas pelas enchentes.
O IODE-PMEs mede os efeitos dessas enchentes e ajudará a avaliar a recuperação das PMEs no estado.
Sobre o índice
A Omie criou o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs para acompanhar a atividade econômica dessas empresas no Brasil. A pesquisa da Omie é pioneira no segmento e serve como um termômetro econômico para empresas com faturamento anual de até R$50 milhões.
A análise abrange dados financeiros de mais de 150 mil clientes em 678 atividades econômicas. Os dados são ajustados pela inflação com base no IGP-M, permitindo uma avaliação real das movimentações financeiras.