Uma empresa de coaching de Vitória, no Espírito Santo, foi condenada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a indenizar uma vendedora em R$ 8 mil por assédio eleitoral, a fim de obrigar os funcionários a votar em Jair Bolsonaro (PL) no pleito de 2022.
Contratada para trabalhar entre 3 e 26 de outubro daquele ano, a vendedora relatou no processo que era vítima de forte pressão psicológica para que se manifestasse publicamente em favor do ex-presidente.
Além de revelar o voto, os funcionários eram expostos a situações em que teriam de expressar a ideologia e a religião determinada pela empresa, sob o risco de demissão.
Dispensada dias antes do segundo turno junto com outros três colegas, ela juntou provas, em áudios e mensagens de aplicativos, para demonstrar a perseguição partidária sofrida.
Entre elas estão a hostilidade por usar esmalte vermelho e a participação obrigatória em uma reunião diária, de cunho holístico, para que reflexões e orações.
Para a juíza da primeira instância, que condenou a empresa de coaching a indenizar a vendedora em R$ 8.080, ficou provado que os gestores praticaram desrespeito à intimidade, à vida privada e à liberdade de expressão, opinião e voto dos empregados.
Já o Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES) aumentou a sentença para R$ 50 mil, porém a ministra do TST considerou o valor excessivo e desproporcional, reduzindo a indenização para R$ 8 mil.
*Com informações do Conjur.
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