
A multinacional alemã SAP deixará de aplicar diversas políticas de diversidade e inclusão em suas operações nos Estados Unidos para se adequar às novas exigências do governo Donald Trump. A informação foi confirmada neste domingo (11) por um porta-voz da empresa à agência AFP, após reportagem do jornal alemão ‘Handelsblatt’.
Segundo um e-mail interno consultado pelo jornal, a SAP deixará de lado sua meta de alcançar 40% de mulheres entre seus funcionários e não aplicará mais cotas femininas em cargos de gestão nos EUA, onde emprega cerca de 17 mil pessoas — o equivalente a 16% de sua força de trabalho global.
Só em 2024, o mercado americano representou quase um terço do faturamento da empresa. Além disso, a diversidade de gênero deixará de ser um critério de remuneração para os executivos do conselho de administração, e o departamento de diversidade e inclusão da empresa será incorporado a outra divisão corporativa.
A decisão vem após o retorno de Donald Trump à Casa Branca. No primeiro dia de seu novo mandato, o presidente republicano assinou uma ordem executiva que proíbe programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) em empresas e órgãos públicos, sob ameaça de sanções e processos judiciais, inclusive contra companhias estrangeiras.

Em nota, a SAP — que tem sede em Walldorf, na Alemanha, e emprega cerca de 120 mil pessoas em todo o mundo — afirmou que continua “comprometida com um ambiente de trabalho inclusivo”, mas ressaltou que seguirá “cumprindo integralmente os requisitos legais em cada país onde atua”.
A medida faz parte de um movimento mais amplo. Segundo a Câmara de Comércio e Indústria Alemã (DIHK), várias empresas alemãs receberam cartas da embaixada dos EUA cobrando posicionamento sobre os programas de DEI. Em abril, a T-Mobile, subsidiária americana da Deutsche Telekom, também anunciou o recuo em suas políticas de inclusão nos Estados Unidos.
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