O empreendedorismo é uma força motriz no Brasil, movimentando quase R$ 2 trilhões por ano, segundo o Sebrae. A expectativa é que esse número continue aumentando, impulsionado por iniciativas de apoio e políticas públicas.
Em 2024, iniciativas como o Movimento Black Money ajudaram empreendedores negros a acessarem recursos financeiros e ampliarem seus negócios.
Políticas públicas, como o Pronampe, também facilitaram o acesso a crédito, um obstáculo comum nesse segmento. Além disso, eventos e redes de apoio promoveram capacitação e inovação, fortalecendo negócios que valorizam a cultura negra.
A Afrocentrados Colab, liderada por Cynthia Paixão, reúne mais de 100 empreendedores negros. “Oferecemos mentorias em empreendedorismo e marketing digital, ajudando nossos parceiros a crescerem de forma planejada. Ver o aumento de empreendedores é gratificante”, afirmou a fundadora.
A loja também organizou eventos como o AfroDonas e o Baile Black, que proporcionaram networking e aprendizado para seus parceiros.
Rendimentos e formalização são desafios
Apesar dos avanços, empreendedores negros enfrentam dificuldades para tornar seus negócios rentáveis.
O Sebrae revelou que empresários negros ganham, em média, 32% menos que empresários brancos.
Apenas 4,3% dos empreendedores negros recebem cinco ou mais salários mínimos, e a maioria ainda opera sem CNPJ, limitando o acesso a benefícios como crédito e formalização fiscal.
Expectativas
Para 2025, Cynthia Paixão prevê maior adoção de ferramentas digitais, especialmente o e-commerce, que cresceu 16% em 2024, segundo relatório sobre a transformação digital na América Latina.
O marketing digital deve seguir como estratégia para expansão de negócios.
Por outro lado, a aprovação do fundo garantidor do Pronampe pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode ampliar o acesso ao crédito para pequenos empreendedores, criando novas oportunidades para o empreendedorismo no próximo ano.