Shara Fornalevicz Soares, de 23 anos, foi presa após colidir embriagada contra a grade do Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Geraldo Alckmin.
A jovem tentou fugir chamando um carro de aplicativo, mas foi impedida por um militar do Exército. Durante a abordagem da Polícia Militar, resistiu à prisão, se recusou a fazer o teste do bafômetro e usou um tom agressivo com os agentes. Após o caso repercutir, foi descoberto que ela trabalhou como assessora parlamentar do ex-deputado bolsonarista Jorielson Brito (PL-AP).
Na delegacia, testemunhas relataram que Shara exigiu ligações para contatos influentes registrados em sua agenda e mencionou um assessor parlamentar que poderia ajudá-la. Pouco depois, um homem não identificado levou um envelope com dinheiro para sua mãe, que pagou a fiança. Após a repercussão, a jovem restringiu o acesso às suas redes sociais.
Registros da Câmara dos Deputados mostram que Shara ocupou o cargo de assessora parlamentar entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022 no gabinete de Jorielson Brito, recebendo um salário de R$ 3.173,01, além de um auxílio de R$ 937,64.
O deputado, suplente de Vinícius Gurgel (PL-AP), exerceu mandato entre 2021 e 2022 e mantém forte ligação com figuras da extrema direita.
Jorielson, que também é agente da Polícia Federal, aparece em suas redes sociais ao lado de Valdemar Costa Neto, do ministro do STF André Mendonça e do deputado Hélio Lopes (PL-RJ), conhecido como “Hélio Negão”, um dos aliados mais próximos de Jair Bolsonaro.
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