Nesta quinta-feira (17), o jornal The Independent, do imperialismo britânico, noticiou que o governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, está pressionando o Reino Unido para que revogue leis de discurso de ódio (leis de censura) em troca de um acordo tarifário.
A informação teria sido fornecida ao jornal por fonte em Washington, não revelada. Segundo a fonte, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance estaria “‘obcecado pela queda da civilização ocidental’ — incluindo sua visão de que a liberdade de expressão está sendo corroída na Grã-Bretanha — e que exigirá que o governo trabalhista revogue as leis contra comentários de ódio, incluindo abusos direcionados a grupos LGBT+ ou outras minorias, como condição para qualquer acordo”.
A fonte ainda teria dito que “o otimismo do vice-presidente [em relação a um acordo comercial] é uma forma de pressionar ainda mais o Reino Unido em relação à liberdade de expressão. Se um acordo não for aprovado, o Partido Trabalhista ficará em má situação”.
The Independent também informa que outra condição exigida pelo governo dos EUA para eventual acordo tarifário é que o Reino Unido abandone planos para uma nova lei de segurança online, para além da revogação das leis já citadas.
No início deste mês, o governo Trump assinou ordem executiva impondo tarifas mínimas de 10% sobre todas as importações realizadas pelos EUA. Tarifas mais altas foram estabelecidas sobre importações vindas de 57 países.
No dia 9, em razão da grande desvalorização de ações em bolsas de valores em todo o mundo, as tarifas acima de 10% foram suspensas por 90 dias. Tarifas até este percentual continuam sendo aplicadas, inclusive as referentes às importações vindas do Reino Unido.