
O ex-jogador Daniel Alves publicou uma mensagem em suas redes sociais na última sexta-feira (30), sugerindo um possível retorno aos gramados. Na postagem, o atleta aparece com a camisa da Seleção Brasileira, segurando uma Bíblia e um par de chuteiras, acompanhado da legenda: “Um jogador sempre será um jogador”.
A publicação ocorre dois meses após o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, na Espanha, anular por unanimidade a condenação de 4 anos e 6 meses de prisão por estupro contra o brasileiro. O caso, que remonta a um episódio ocorrido em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022, foi reaberto em abril após recursos da defesa da vítima e do Ministério Público.
Em 28 de março de 2025, a corte catalã considerou que a condenação inicial apresentava “lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições” nos depoimentos da acusadora, ignorando que o brasileiro apresentou 5 versões diferentes do ocorrido. Os juízes destacaram que a narrativa da vítima divergia significativamente das evidências coletadas, incluindo imagens de segurança.
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“O que foi explicado pela denunciante difere sensivelmente do que aconteceu de acordo com o exame do episódio registrado. A divergência entre o que a queixosa relatou e o que realmente aconteceu compromete seriamente a fiabilidade da sua história”, afirmou a decisão judicial.
A absolvição, que teve efeito imediato, anulou também medidas cautelares anteriores e permitiu que Alves permanecesse em liberdade após pagar fiança de 1 milhão de euros em 2023. O Ministério Público, que inicialmente pedia 9 anos de prisão, recorreu da decisão, classificando a anulação como uma “condenação moral” contra a mulher.
Após a defesa de Alves comemorar a vitória jurídica, grupos de direitos das mulheres criticaram a decisão, argumentando que ela pode desencorajar outras vítimas a denunciar agressões.