Reunião do Papa Leão XIV com o corpo diplomático no Vaticano. Foto: Divulgação

Durante encontro oficial no Vaticano, nesta semana, o embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Everton Vieira Vargas, convidou o recém-eleito papa Leão XIV para visitar o país ainda em 2025. O convite inclui uma participação especial na COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que será sediada em Belém (PA) no mês de novembro. A solicitação foi feita em nome do presidente Lula.

O convite ocorreu durante a tradicional reunião promovida pelo Vaticano entre o novo pontífice e o corpo diplomático mundial. Após o pronunciamento de Leão XIV, os embaixadores presentes tiveram a oportunidade de cumprimentá-lo pessoalmente.

Segundo relatos, ao receber o convite, o papa respondeu em português claro que havia “tomado nota” do pedido brasileiro. A escolha do cardeal norte-americano Robert Prevost para suceder o papa Francisco foi recebida com entusiasmo pelo governo Lula.

Internamente, autoridades do Planalto interpretaram a eleição como um sinal de continuidade nas pautas sociais e ambientais promovidas por seu antecessor. Um diplomata brasileiro chegou a definir o novo Sumo Pontífice como “o primeiro papa amazônico”, em referência à sua trajetória e atuação na região.

Papa Leão XIV recebe diplomatas no Vaticano. Foto: Divulgação

Embora nascido em Chicago, nos Estados Unidos, o novo líder da Igreja Católica construiu parte significativa de sua missão religiosa no Peru, onde estabeleceu forte ligação com comunidades amazônicas. Sua experiência no interior da América do Sul foi determinante para sua defesa ativa da Amazônia e de temas ligados à preservação ambiental.

Ainda como bispo, Prevost foi um dos articuladores da proposta de um Sínodo da Amazônia, promovido pelo Vaticano em 2019. A ideia foi debatida com lideranças religiosas peruanas que, em 2018, viajaram à Europa para articular o evento.

À época, a iniciativa foi criticada pelo governo Jair Bolsonaro, que chegou a acionar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar os bastidores do encontro. Mesmo antes de se tornar papa, Prevost já demonstrava alinhamento com a urgência da crise climática.

Em 2024, ele participou de um seminário internacional no qual apelou para que o mundo passasse “das palavras à ação” nas políticas ambientais. Ele também defendeu uma relação mais equilibrada entre a humanidade e o meio ambiente, ressaltando que essa relação não deve ser “tirânica”, mas sim marcada por reciprocidade e respeito.

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Last Update: 16/05/2025