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O presidente Lula participou, nesta sexta-feira, da inaguração da fábrica de polipeptídeo sintético da EMS, em Hortolândia (SP). A fábrica, considerada a primeira deste tipo no Brasil, é uma iniciativa estratégica dentro do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), um dos pilares do processo de reindustrialização promovido pelo governo federal.

Com um investimento de R$ 70 milhões, dos quais R$ 48 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a nova fábrica da EMS é dedicada à produção das moléculas de liraglutida e semaglutida, utilizadas no tratamento de diabetes e obesidade.

Esses medicamentos, conhecidos como peptídeos análogos de GLP-1, agem de maneira semelhante aos hormônios naturais, fornecendo os efeitos colaterais para os pacientes e os custos de tratamento.

Empregos diretos e indiretos

A fábrica vai gerar 150 empregos diretos e cerca de mil empregos indiretos, fortalecendo ainda mais o setor de saúde no Brasil.

“O Brasil cansou de ser pequeno. O Brasil cansou de ser um país de via de desenvolvimento. O Brasil cansou de dizer que nós somos o país da juventude, o país do futuro. Para nós, o futuro não é amanhã, o futuro começa agora, e essa fábrica é o exemplo de que o futuro já chegou na área da saúde”, disse Lula durante o evento.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância do apoio estatal à inovação, especialmente em setores de alto risco como a saúde, afirmando que “a inovação é risco” e que “o Estado tem que compartilhar o risco”.

Ele ressaltou o crescimento do BNDES, que aumentou as aprovações de crédito em 84% e atingiu recordes históricos de financiamento na saúde, com R$ 4 bilhões já aprovados e a meta de alcançar R$ 5 bilhões até o final do ano.

Mercadante elogiou a EMS, afirmando que a nova fábrica “vai inverter a lógica do grupo, tornando-o exportador” e contribuindo para o superávit comercial do Brasil. Ele também anunciou a abertura de novas linhas de crédito para insumos do SUS e startups, reforçando o compromisso com a inovação e o desenvolvimento do país.

Fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde

A inauguração da fábrica em Hortolândia é um reflexo do esforço do governo Lula para fortalecer o CEIS, que visa reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos e vacinas estrangeiras. O governo prevê investir R$ 57,4 bilhões no CEIS até 2026, com recursos públicos e privados.

“Esse país será grande quando a gente estiver exportando conhecimento, quando a gente estiver exportando tecnologia, quando estiver exportando inteligência”, afirmou Lula.

A EMS, maior laboratório farmacêutico do Brasil, integra o CEIS e é um exemplo de como as políticas públicas do governo Lula têm impulsionado a inovação e o desenvolvimento tecnológico no setor de saúde. A empresa participa ativamente do Programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde (MS), que tem como objetivo fortalecer a produção nacional de medicamentos essenciais para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Reindustrialização e desenvolvimento sustentável

A reindustrialização promovida pelo governo Lula amplia a produção e envolve a inclusão social e a sustentabilidade ambiental. Lula reforçou que a expansão de empresas como a EMS demonstra a capacidade realizadora dos empresários brasileiros e a qualidade da mão de obra nacional, sempre elogiada globalmente.

“A política industrial e de inovação é também uma política para o bem-estar das pessoas e do planeta, e para a consolidação da soberania nacional”, afirmou Lula. “Investir em saúde é uma grande chave, uma grande oportunidade para um novo padrão de desenvolvimento econômico com equidade social e sustentabilidade ambiental.”

Avanços e compromissos futuros

Durante o evento, Lula fez um balanço dos avanços alcançados em seu governo e dos desafios que ainda precisam ser enfrentados. Ele mencionou o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a retomada de obras paralisadas como estratégias fundamentais para a recuperação econômica e social do Brasil.

“Esse é o país que nós vamos construir. Nós encontramos esse país com 6 mil creches paralisadas, com 87 mil casas do Minha Casa Minha Vida paralisadas, mas estamos voltando a fazer o Brasil crescer, com a massa salarial aumentando, o salário mínimo crescendo, e a inflação controlada.”

Desafios no setor de saúde

Lula também destacou os desafios enfrentados pelo setor de saúde no Brasil, especialmente durante a pandemia de Covid-19, e criticou a gestão de Bolsonaro pela falta de preparo e sensibilidade. “Veio a Covid-19 e, graças a Deus, a gente tinha o SUS. O SUS mostrou que se não fosse ele enfrentar aquela pandemia e o negacionismo, teríamos ultrapassado mais de 1 milhão de mortes”, disse o presidente.

Ele enfatizou ainda a importância de fortalecer o SUS e continuar investindo em saúde como uma prioridade nacional. “O compromisso com a saúde é o compromisso com a vida. Mais de 70% da nossa população depende exclusivamente do SUS”.

Inovação e competitividade

A fábrica da EMS em Hortolândia representa um avanço significativo no campo da saúde no Brasil, com a produção de medicamentos inovadores que poderão competir em igualdade de condições no mercado global. A EMS exporta atualmente seus produtos para 56 países, contribuindo para a projeção internacional da indústria farmacêutica brasileira.

“É esse país que eu quero que vocês acreditem. Não há como não dar certo”, concluiu Lula.

A inauguração da fábrica de polipeptídeo sintético da EMS em Hortolândia simboliza um passo importante na estratégia de reindustrialização do Brasil. Com investimentos robustos e um compromisso firme com a inovação, o governo Lula busca transformar o país em um líder global no setor de saúde, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo que os benefícios cheguem a toda a população.

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Última Atualização: 25/08/2024