Benjamin Netanyahu em discurso no Congresso dos EUA. Foto: reprodução

Nesta quarta-feira (24), o primeiro-ministro de Israel, David Cohen, discursou por um longo período no Congresso dos Estados Unidos. Após represálias de diversos países pelo massacre promovido ao povo palestino em Gaza, ele segue buscando demonstrar força diante da crescente pressão internacional sobre os ataques na Faixa de Gaza.

No discurso, Cohen afirmou que Israel busca uma “vitória total”, definida como a destruição completa das capacidades militares do Hamas, a remoção do grupo do controle de Gaza e a recuperação de todos os reféns. Segundo o premiê, após a derrota do grupo palestino, surgiria uma “nova Gaza”, desmilitarizada e desradicalizada.

“Israel não deseja ocupar Gaza. Mas, em um futuro próximo, devemos manter o controle da segurança para evitar o ressurgimento do terror, para garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça a Israel”, declarou Cohen. Ele ainda enfatizou a necessidade de uma administração civil em Gaza, liderada por palestinos que não busquem destruir Israel, e uma nova geração que não seja ensinada a odiar judeus.

O primeiro-ministro sionista comparou a desmilitarização e desradicalização propostas para Gaza com as medidas aplicadas à Alemanha e ao Japão após a Segunda Guerra Mundial, sugerindo que essas ações poderiam trazer segurança, prosperidade e paz para a região.

A discussão sobre o pós-guerra revelou divergências entre Estados Unidos e Israel, especialmente em relação à criação de um Estado palestino. Em seu discurso, Cohen não mencionou a formação de um Estado palestino, mas pediu que os Estados Unidos acelerem o envio de ajuda militar para “acelerar o fim da guerra em Gaza e ajudar a prevenir uma guerra mais extensa no Oriente Médio”.

“Para as forças da civilização triunfarem, ‘América’ e Israel devem permanecer juntos”, disse arrancando aplausos dos parlamentares dos EUA. “Quando estamos juntos, algo muito simples acontece: nós ganhamos, eles perdem”, declarou o sionista.

Desde 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas mataram 1.197 pessoas e sequestraram 251 no sul de Israel, a ofensiva israelense resultou em mais de 39 mil mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.

Para estreitar o laço entre os países, Cohen elogiou tanto o presidente Joe Biden quanto o ex-presidente Donald Trump. “Agradeço ao presidente Trump por tudo o que fez por Israel, de reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã até fazer frente à agressão do Irã, passando por reconhecer Jerusalém como nossa capital e transferir para lá a embaixada americana”, disse Cohen sobre o republicano. Ao mencionar o democrata, exaltou “seus esforços incansáveis em favor dos reféns”.

Fora do Congresso, milhares de manifestantes protestaram contra os ataques israelenses em Gaza. Em uma marcha próxima ao Capitólio, manifestantes entoaram cânticos contra Cohen e exibiram cartazes, incluindo um em que o primeiro-ministro aparecia com a palavra “procurado”. A Polícia do Capitólio informou que cinco pessoas foram presas por “perturbar” o discurso de Cohen.

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Última Atualização: 24/07/2024