O prefeito de Recife, João Campos (PSB), assumiu, neste domingo 1º, a presidência nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em seu primeiro discurso, o dirigente máximo do partido defendeu a manutenção da chapa Lula/Alckmin na disputa pela reeleição em 2026.
Campos ressaltou que a presidência do PSB não representa uma ruptura, mas a continuidade de uma trajetória que tem raízes no legado de Miguel Arraes e Eduardo Campos. Ele sucede a Carlos Siqueira, que dirigiu a sigla por mais de uma década.
“É impossível estar aqui no dia de hoje e não lembrar de há exatos 20 anos. Eu tinha de 11 para 12 anos de idade quando perdi meu bisavô, Miguel Arraes. Ainda não compreendia com clareza o que eram aqueles movimentos, mas vi meu pai cuidando de construir um projeto para o estado de Pernambuco que foi vitorioso no ano seguinte e um projeto vitorioso no PSB quando ele assumiu a presidência nacional do partido”, relembrou.
Campos reforçou que o país atravessa um tempo diferente, em que surgiram “maiorias que antes não existiam”, o que impõe novos desafios à atuação dos partidos, especialmente aos socialistas, como a capacidade de entender e dialogar com a nova realidade.
“A gente vive diante de um Brasil novo, de um tempo diferente, de um tempo onde a gente tem maiorias que não existiam antigamente. Seja no campo do empreendedorismo, seja na mistura das religiões e profissões de fé e na fragmentação do cristianismo. Isso tem implicado na vida política. E isso cobrará dos partidos a capacidade de escutar, de sentir e de reproduzir isso nos espaços de poder, nos mandatos e na vida partidária. Isso cobrará muito”, enfatizou.
O líder da sigla ainda fez agradecimentos ao presidente Lula (PT), presente na agenda, e reiterou que o partido seguirá em apoio ao petista nas eleições de 2026. O evento também contou com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
“Ele nos honra com a sua presença no dia de hoje em nosso Congresso é algo que tem que ser registrado. O nosso compromisso democrático vai além de eleição em eleição. O PSB foi decisivo pra construção da vitória em 2022 com a aliança de Lula e de Alckmin, de Alckmin e de Lula”, disse, reiterando que o partido seguirá ao lado do petista nas próximas eleições e continuará sustentando a chapa vitoriosa de 2022, com Alckmin vice-presidente.