Em despedida, senadores exaltam legado deixado por Pepe Mujica

Senadores e senadoras do PT usaram as redes sociais para homenagear José Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai e ícone da esquerda latino-americana, que faleceu nesta terça-feira (13/5) aos 89 anos.

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), classificou Mujica como uma “das consciências mais lúcidas e generosas da América Latina”.

“Sua trajetória de luta, pautada na resistência e humildade deixa um legado que transcende fronteiras. Mujica nos ensinou que a política pode e deve ser um ato de serviço”, disse.

O presidente do PT, senador Humberto Costa (PE), afirmou que Mujica foi “inspirador”.

“Sua luta jamais será esquecida. Foi um guerreiro incansável em vida. Morreu dignamente. Mujica presente.”

Para a senadora Augusta Brito (PT-CE), o ex-presidente uruguaio foi “uma das maiores lideranças da América Latina e um símbolo de humildade, coerência e compromisso com a justiça social”.

Na mesma linha, a senadora Teresa Leitão (PT-PE) disse que Mujica foi “uma das figuras mais simbólicas da política da nossa região”.

Exemplo de humildade

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) destacou Pepe Mujica como “um exemplo notável de humildade, integridade e dedicação à justiça social”.

Na avaliação do líder do governo Lula no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), Mujica foi uma “referência para todos que acreditamos em um mundo melhor e mais justo”.

Ícone da política mundial

O senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou a luta de Pepe Mujica pela liberdade, pela justiça social e pela democracia. Para ele, o ex-presidente do Uruguai é “um ícone da política mundial”.

“Seus ideais continuarão vivos, percorrendo o tempo e se fazendo presentes na solidariedade e fraternidade entre os povos.”

Por fim, o líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), destacou a luta de Mujica por um mundo melhor e elencou parte das batalhas travadas pelo que chamou de “maior líder humanitário do nosso tempo”.

“Mujica ajudou a aprovar leis libertárias, implementou programas sociais e criou uma forte conexão com o seu povo. Isso porque havia coerência nas ideias que ele defendia: ele era íntegro e vivia de modo simples.”  

Mujica nasceu em Montevidéu, em 20 de maio de 1935. Na década de 60, tornou-se membro da guerrilha Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros, que ganhou ascensão antes da instalação da ditadura militar uruguaia, em 1973.

Mujica foi ferido quatro vezes em confrontos com forças policiais. Escapou duas vezes da prisão e foi detido em 1972. Ele passou 15 anos detido, e sofreu inúmeras torturas e violações de direito. Após isso, fundou o partido de esquerda Movimento de Participação Popular (MPP) e foi eleito deputado em 1994. Em 2010, foi eleito presidente do Uruguai.

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