Na noite desta segunda-feira (7), uma complexa emboscada foi realizada pelas Brigadas Al-Qassam (ala militar do Hamas) em Beit Hanoun, cidade no norte da Faixa de Gaza.
Em razão da censura imposta em “Israel” sobre seus fracassos militares, não se sabe ao certo quantos invasores israelenses foram abatidos pela Resistência, mas as forças israelenses de ocupação admitiram que seis militares foram eliminados e 16 outros foram feridos, dois dos quais feridos gravemente.
Todos os invasores eliminados faziam parte do Batalhão Netzah Yehuda (97º) da Brigada Kfir, e foi o incidente mais mortal para este batalhão desde o início da guerra, conforme informado pelo jornal sionista, Yedioth Ahronoth (Ynet), que acrescenta que “foi a pior perda de vidas israelenses em Gaza desde junho, quando oito soldados foram mortos em Rafah por um míssil antitanque”.
Citando relatos preliminares, o Resistance News Network dá detalhes sobre a operação, informando que “os combatentes da resistência inicialmente alvejaram um veículo ou comboio de veículos com um campo minado”. Citando investigação preliminar das forças de ocupação, Ynet informa também que “uma série de quatro a cinco dispositivos explosivos detonou em sucessão próxima”, acrescentando que “os explosivos provavelmente foram plantados nos dois dias que antecederam o incidente, depois que as forças israelenses lançaram um novo ataque terrestre na área na noite de sábado”.
Continuando o detalhamento da operação, RNN informou que “uma força de resgate foi então alvejada com explosivos ao chegar”, acrescentando que “uma segunda força de resgate, na esperança de resgatar a primeira, também foi alvejada”.
Ainda, “uma terceira força de resgate das forças israelenses de ocupação foi alvejada com explosivos, e o local da emboscada inicial foi alvo de ataques repetidos com armas de pequeno porte e foguetes portáteis para confirmar as mortes”.
Conforme Ynet, as forças de ocupação “descreveram como uma emboscada bem preparada do Hamas, que havia estudado os movimentos das tropas e preparado pontos de acesso importantes com armadilhas explosivas”.
RNN acrescenta que “intensos disparos de morteiros da resistência também foram relatados perto do local, levando ao atraso de novas operações de resgate e, segundo relatos, à morte de vários soldados dentro do veículo alvejado”.
O canal de comunicação informa ainda que os sionistas alvo da emboscada foram levados para cinco hospitais diferentes em “Israel”, o que significa que o número de baixas seria muito maior do que o oficialmente divulgado, pois, “típicamente, 17 baixas (como admitido pelos sionistas) vindas da Faixa da Gaza seriam distribuídas entre dois hospitais”
Ainda sobre como se deu a operação, a emissora Quds News Network, citando informações veiculadas na imprensa israelense, informou que “vários soldados foram queimados vivos dentro de seus veículos” acrescentando que um órgão de imprensa israelense descreveu a emboscada bem sucedida do Hamas como “uma vergonha” para as forças de ocupação.
Pronunciando-se sobre a operação, o porta-voz das Brigadas Mártir Izz El-Din Al-Qassam, Abu Obeida, declarou que ela “é um golpe adicional desferido por nossos poderosos combatentes contra o prestígio do frágil exército de ocupação e suas unidades mais criminosas, em um campo que a ocupação acreditava estar seguro, após não ter poupado esforços”
O porta-voz do Hamas frisa que “a batalha de atrito que nossos combatentes travam com o inimigo, do norte ao sul da Faixa de Gaza, infligirá perdas adicionais a cada dia”, destacando ainda que “se recentemente conseguiu libertar milagrosamente seus soldados do inferno, pode falhar no futuro, e mais prisioneiros cairão em nossas mãos”.
Abu Obeida finalizada sua declaração saudando o povo palestino e os combatentes da Resistência: “a firmeza de nosso povo e a bravura de seus corajosos combatentes da resistência são o que forjam equações e moldam as características da próxima fase, e a decisão mais tola que Netaniahu pode tomar seria manter suas forças dentro da Faixa de Gaza”.
O Hamas também publicou declaração destacando que “a ocupação fracassou completamente em quebrar a vontade de Gaza ou em subjugar sua resistência” e que “esse fracasso complexo — militar, político e moral — expõe a falsidade da máquina de propaganda sionista e prova, mais uma vez, que a nossa batalha nunca foi apenas uma batalha de mísseis e armas, mas uma batalha de consciência, vontade e paciência”.
Leia abaixo na íntegra:
“Em nome de Alá, o Misericordioso, o Clemente
Após 640 dias da guerra de extermínio do inimigo sionista contra o nosso povo, os fatos no terreno e no plano político são claros para todo o mundo: a ocupação fracassou completamente em quebrar a vontade de Gaza ou em subjugar sua resistência.
Os slogans de “derrota esmagadora” e “eliminação completa” do Hamas caíram diante dos túneis explosivos e das emboscadas complexas da resistência. A ilusão de “resgatar os cativos pela força” foi destruída por sucessivos golpes.
Os “Carros de Gideão”, em Beit Hanoun e Khan Younis, foram incendiados, e aqueles que estavam dentro foram mortos. Enquanto isso, os leões da resistência continuam a enfrentar com coragem e determinação, apesar da fome e do cerco, enquanto a ocupação comete massacres contra civis e inocentes.
A resistência obrigou a ocupação a reconhecer sua impotência e a impossibilidade de libertar os cativos e derrotar a resistência ao mesmo tempo. Seus eixos de avanço foram transformados em campos de morte, dos quais seus soldados não saem ilesos.
As tentativas incessantes do inimigo de deslocar nosso povo e impor uma limpeza étnica foram enfrentadas com a firmeza lendária do nosso povo, que resistiu à morte, à fome e aos bombardeios, recusando-se a ter seu futuro decidido por serviços de inteligência ou imposições políticas.
Esse fracasso complexo — militar, político e moral — expõe a falsidade da máquina de propaganda sionista e prova, mais uma vez, que a nossa batalha nunca foi apenas uma batalha de mísseis e armas, mas uma batalha de consciência, vontade e paciência.
Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Terça-feira, 13 de Muharram de 1447 H
Correspondente a: 8 de julho de 2025”
Outras ações das Brigadas Al-Qassam
Nesta terça-feira (8), após retornarem da frente de combate, combatentes das Brigadas Al-Qassam confirmaram ter bombardeado, com morteiros, agrupamentos de militares israelenses na “Rua 5”, na área de “Al-Satar”, ao norte da cidade de Khan Younis, ao sul da Faixa.
Ainda, as brigadas divulgaram dois vídeos da série de operações militares “Pedras de Davi”.
Um deles mostra soldados e veículos das forças de ocupação sendo atingidos na região leste da Cidade de Gaza. Veja:
O outro vídeo é uma coletânea de várias operações realizadas no âmbito da série “Pedras de Davi”:
Ações das Brigadas Al-Quds (ala militar da Jiade Islâmica)
Além das complexa emboscada realizada pelo Hamas, operação militar bem sucedida também foi realizada pela Jiade Islâmica na segunda-feira.
Em informe, combatentes das Brigadas Al-Quds relataram que “atacamos uma força especial sionista que havia se fortificado dentro de uma casa na Rua Al-Mars, no centro de Khan Younis, com um míssil guiado de 107 mm. Inundação de Al-Aqsa”.
Além disto, as Brigadas também divulgaram vídeo que mostra operação militar realizada recentemente, em que dois veículos militares blindados das forças de ocupação foram atingidos com explosivos, bem como um VANT sionista que os combatentes palestinos conseguiram capturar. Veja:
