Nesta terça-feira (13), o exército de “Israel” bombardeou o Hospital Europeu de Gaza, em Khan Iunis, assassinando ao menos 28 palestinos e ferindo mais de 70, segundo a Defesa Civil de Gaza. O ataque, que envolveu pelo menos seis mísseis, destruiu setores do hospital, como a entrada do departamento de emergência e áreas próximas a centros de abrigo.

A infraestrutura do hospital ficou inoperante, forçando a transferência de pacientes e feridos para o Complexo Médico Nasser, que declarou estado de emergência máxima devido à sobrecarga. Além do hospital, os bombardeios sionistas atingiram outras regiões de Khan Iunis, incluindo Aabasan al-Kabira e o portão Asdaa, onde dois civis foram assassinados e outros ficaram feridos.

Na cidade de Gaza, os bairros de al-Shujaiya, al-Zaytun, al-Tuffah e a praça al-Shawa foram violentamente atacados por “Israel”, resultando em mais vítimas e destruição. A Defesa Civil relatou a recuperação de 10 corpos e 16 feridos na região próxima ao posto de alfândega em Khan Iunis, também alvo de bombardeios. Equipes de resgate enfrentam obstáculos devido aos ataques contínuos, que, segundo denúncias, visam impedir operações de salvamento.

Sobre o ocorrido, o Movimento de Resistência Islâmica emitiu um comunicado:

“Em nome de Deus, o Mais Gracioso, o Mais Misericordioso

Comunicado de Imprensa

As brutais e intensivas incursões lançadas pelo exército de ocupação fascista nas dependências do Hospital Europeu de Gaza e seus arredores constituem um novo crime que visa colocar fora de serviço os hospitais remanescentes na Faixa de Gaza, como parte da contínua guerra de extermínio contra a região.

Dezenas de pessoas foram mortas e feridas durante esse bombardeio bárbaro, incluindo pacientes, equipe médica e pessoal de defesa civil e de ambulâncias, que tentavam resgatar os feridos antes de serem novamente alvejados por ataques aéreos. O ataque deixou o hospital completamente fora de operação.

O governo de ocupação fascista prossegue em sua flagrante violação do direito internacional e na prática de crimes sem precedentes na história dos conflitos, bombardeando hospitais lotados de pacientes e de pessoas deslocadas e cometendo verdadeiros massacres nesses locais.

As alegações do exército de ocupação sobre a presença de bases militares na área não passam de mentiras e tentativas de enganar a opinião pública internacional. A ocupação tem utilizado repetidamente essas falsas justificativas para destruir o setor médico e matar e aterrorizar civis inocentes na Faixa de Gaza.

Exortamos a comunidade internacional, as Nações Unidas e suas instituições, em especial o Conselho de Segurança da ONU, a assumirem suas responsabilidades diante desses crimes brutais, intervirem imediatamente para deter o massacre em curso na Faixa de Gaza e enfrentarem o desrespeito do governo de ocupação às leis e normas humanitárias.

Movimento de Resistência Islâmica – Hamas

Terça-feira, 15 de Dhu al-Qi‘dah de 1446 AH

Corresponde a: 13 de maio de 2025”

Mais tarde, durante a madrugada de quarta-feira (14, horário local), o exército sionista bombardeou o campo de refugiados de Jabalia, atingindo tendas e casas de milhares de palestinos. Com o ataque, “Israel” assassinou, até o fechamento desta edição, 46 palestinos. Poucas horas antes, o exército israelense emitiu uma ordem para que os palestinos de Jabalia fugissem de suas residências.

Iêmen mantém apoio à Palestina

Também na terça-feira (13), as Forças Armadas Iemenitas, sob comando do partido revolucionário Ansar Alá, lançaram um míssil balístico hipersônico contra o Aeroporto Internacional de Ben Gurion, na capital Telavive, em resposta à escalada de ataques da ditadura sionista contra a Faixa de Gaza. A ação, que paralisou o tráfego aéreo por cerca de uma hora e levou milhões de colonos a abrigos antibombas, reforça o bloqueio aéreo imposto pelo Iêmen ao enclave imperialista, em solidariedade ao povo palestino.

O ataque iemenita ocorre em um momento de crise cada vez maior da ditadura sionista, algo que aumentou após romper unilateralmente o cessar-fogo em março. Conforme comunicado do exército do Iêmen, o míssil hipersônico atingiu com precisão o principal aeroporto do país artificial, causando pânico em cidades como Jerusalém (Al Quds) e Netanya, além da cidade alvejada, Telavive. A operação foi parte de uma estratégia para pressionar “Israel” a cessar sua agressão em Gaza e suspender o bloqueio ao território palestino.

Imagens divulgadas por fontes locais mostraram colonos correndo para abrigos e caos nos arredores do aeroporto, com sirenes tocando na região ocupada. Fragmentos do míssil caíram em assentamentos próximos a Qalqilya, na Cisjordânia. O Ansar Alá afirmou que suas operações continuarão até que a ditadura sionista ponha fim ao genocídio e ao cerco em Gaza, exigindo que companhias aéreas ainda operando no enclave imperialista suspendam seus voos.

As forças de ocupação de “Israel” alegaram ter tentado interceptar o míssil, com a imprensa sionista afirmando que o projétil foi neutralizado antes de atingir o alvo. A interrupção dos voos no Aeroporto Ben Gurion e o pânico causado pelo ataque, contudo, desmascaram a mentira e expõem a vulnerabilidade do país artificial diante das ações do Ansar Alá.

O partido revolucionário iemenita ainda reiterou seu compromisso com a causa palestina, destacando que o bloqueio aéreo é uma resposta direta à violência sionista.

Leia o comunicado das Forças Armadas do Iêmen na íntegra:

“Em nome de Alá, o Mais Misericordioso, o Misericordiosíssimo.

O Todo-Poderoso disse:

“Ó vós que credes, se ajudardes a Alá, Ele vos ajudará e firmará os vossos passos.”

Essa é a verdade de Alá, o Todo-Poderoso.

Em apoio ao povo palestino oprimido e aos seus combatentes, e em rejeição ao crime de genocídio cometido pelo inimigo sionista contra nossos irmãos na Faixa de Gaza:

A Força de Mísseis das Forças Armadas do Iêmen realizou uma operação militar tendo como alvo o Aeroporto de Lod, conhecido pela entidade sionista como “Aeroporto Ben Gurion”, na área ocupada de Yafa, utilizando um míssil balístico hipersônico. Pela graça de Alá, o míssil atingiu seu alvo com sucesso, levando milhões de sionistas ocupantes a fugir para abrigos e interrompendo as operações do aeroporto por quase uma hora.

Essa operação reafirma a continuidade da proibição de voos imposta ao aeroporto mencionado. As demais companhias aéreas que ainda não suspenderam seus voos devem seguir o exemplo das que já deixaram de operar nos aeroportos da Palestina ocupada.

Nosso grande povo jamais abandonará o povo palestino, que está sendo submetido ao extermínio. É dever religioso, moral e humanitário de todos os povos livres da Ummah estar ao lado do povo palestino oprimido.

As Forças Armadas do Iêmen confirmam que suas operações de apoio, incluindo a proibição de voos no Aeroporto de Lod e o bloqueio naval aos navios “israelenses” no Mar Vermelho e no Mar da Arábia, só cessarão quando a agressão contra Gaza for encerrada e o cerco for levantado.

Alá nos basta, e Ele é o melhor dos protetores; o melhor protetor e o melhor ajudante.

Viva o Iêmen, livre, orgulhoso e independente.

Vitória ao Iêmen e a todos os povos livres da nação.

Sana’a – 15 Dhul-Qa’dah de 1446 H

Correspondente a 13 de maio de 2025″

Genocídio continua

O Ministério da Saúde de Gaza informou que, desde 7 de outubro de 2023, mais de 52.900 pessoas foram assassinadas e 119.700 feridas por “Israel”. Desde o rompimento do cessar-fogo em 18 de março, mais de 2.700 palestinos foram assassinados e 7.600 ficaram feridos. Centenas de corpos permanecem sob escombros, inacessíveis devido à intensidade dos ataques e à destruição de infraestrutura. O bloqueio imposto por “Israel” desde 2 de março agrava a crise humanitária, com escassez de alimentos, água e medicamentos.

A ofensiva de “Israel” em Gaza, liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netaniahu, intensificou-se com a Operação Carros de Gideão, que visa a ocupação permanente de partes do território palestino. O Hamas, principal força da Resistência Palestina, exige o fim da guerra e a retirada das tropas sionistas como condição para qualquer acordo, rejeitando a demanda de desarmamento imposta por Netaniahu. Cerca de 60 prisioneiros permanecem em Gaza, com metade viva, mas as negociações seguem paralisadas devido à intransigência sionista.

A crise humanitária em Gaza é agravada por ataques a instalações civis, como o Hospital Europeu, escolas e abrigos. No bombardeio ao Hospital Nasser, mais um jornalista foi assassinado, Hassan Eslaih. A Defesa Civil denuncia a prática de atacar equipes de resgate, o que impede a recuperação de corpos e o atendimento aos feridos.

A solidariedade do Ansar Alá, que desafia “Israel” mesmo a milhares de quilômetros do enclave imperialista, demonstra a força da resistência árabe contra o imperialismo. Ao mesmo tempo, a interrupção do tráfego aéreo do aeroporto israelense e o pânico entre os colonos são sinais de que a ditadura sionista não pode sustentar sua agressão. Afinal, nem sequer tem condições de reagir diante de um dos países mais pobres do mundo, destruído por mais de 10 anos de agressão imperialista.

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Last Update: 14/05/2025