O bilionário Elon Musk, ironizou a repercussão de seu gesto nazista na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. O momento ocorreu no palco da Capital One Arena, onde Musk, ao agradecer à multidão, bateu no peito com a mão direita e em seguida estendeu o braço com a palma aberta, repetindo o gesto em direção à plateia que estava atrás dele.
A reação foi imediata, com historiadores e especialistas criticando o ato. Claire Aubin, especialista em nazismo, classificou o gesto como um “sieg heil”, uma saudação comumente associada ao regime nazista. Ruth Ben-Ghiat, outra historiadora renomada, reforçou a mesma interpretação, chamando o ato de “agressivo”.
A imprensa internacional também repercutiu o episódio. O jornal israelense Haaretz e o britânico The Guardian destacaram que Musk “parecia” ter feito um gesto no “estilo fascista”. Por outro lado, figuras de extrema-direita nos Estados Unidos elogiaram o bilionário. A revista Wired relatou que grupos desse espectro político consideraram o gesto “incrível”.
Musk, por sua vez, reagiu às acusações com sarcasmo em sua plataforma X, antigo Twitter, afirmando que “ataques do tipo ‘todo mundo é Hitler’ estão desgastados”. Em sua defesa, a associação ADL, voltada ao combate ao antissemitismo, afirmou que o gesto parecia ser apenas “um movimento estranho em um momento de entusiasmo”.
Frankly, they need better dirty tricks.
The “everyone is Hitler” attack is sooo tired 😴 https://t.co/9fIqS5mWA0
— Elon Musk (@elonmusk) January 21, 2025
No entanto, a explicação não foi suficiente para a congressista de esquerda Alexandria Ocasio-Cortez, que criticou a postura da ADL e disse que a saudação foi “inegavelmente nazista”.
O bilionário tem sido alvo de críticas por suas declarações de apoio a partidos de extrema-direita, como o AfD, da Alemanha, e ao partido britânico Reform UK, além da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. Para Amy Spitalnick, líder da organização judaica JCPA, o gesto de Musk demonstra “endosso explícito a políticas de extrema direita”.
Algumas interpretações buscaram amenizar a polêmica. O historiador Aaron Astor defendeu que o ato não deve ser associado ao nazismo, argumentando que pode ser um gesto “socialmente desajeitado” de alguém com síndrome de Asperger. Musk já havia revelado, em 2021, que é portador da condição, que afeta habilidades sociais e de comunicação.
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