Elon Musk cria novo partido e diz que não há democracia nos EUA

O Presidente Donald Trump e o bilionário Elon Musk na Casa Branca. Foto: ROBERTO SCHMIDT / AFP

Neste sábado (5), Elon Musk anunciou pelas redes sociais, a criação do America Party, um novo partido político nos Estados Unidos. O bilionário, conhecido por sua influência nas plataformas digitais e sua atuação como empresário, revelou a iniciativa após ameaçar romper com os republicanos e se declarar contrário ao sistema político atual do país.

A decisão ocorre em meio à tramitação no Congresso do projeto de lei “Grande e Bonito”, de autoria do presidente Donald Trump. Musk, que já foi um apoiador declarado do republicano, condicionou a criação da nova legenda à aprovação da proposta, que prevê a elevação do teto da dívida pública. “Quando se trata de levar nosso país à falência com desperdício e corrupção, vivemos em um sistema de partido único, não em uma democracia”, afirmou.

A oficialização do partido veio acompanhada da divulgação do resultado de uma enquete feita na rede social X no dia 4 de julho, feriado da Independência dos EUA. Segundo Musk, cerca de 1,25 milhão de pessoas votaram e 65,4% se manifestaram a favor da fundação do partido. “Por uma proporção de dois para um, vocês querem um novo partido político e o terão”, escreveu o bilionário.

O bilionário tem classificado o atual sistema político norte-americano como um “partido único”, alegando que tanto democratas quanto republicanos contribuem para o que chamou de desperdício, corrupção e falência do país. Ele afirma que o America Party surge como uma alternativa à estrutura vigente, que considera antidemocrática.

O rompimento com Trump se tornou público no início de junho, marcou uma guinada no posicionamento político do empresário. Desde então, o empresário passou a fazer críticas diretas ao ex-presidente e à base republicana, ameaçando inclusive financiar adversários de parlamentares que apoiarem o projeto de lei.

Embora Musk não possa disputar a presidência por ser sul-africano de nascimento, ele indicou que pretende usar sua influência e recursos para impulsionar candidaturas independentes. Segundo ele, os eleitos poderão discutir propostas com os dois principais partidos, sem se alinhar automaticamente a nenhum deles.

Em uma de suas postagens, o empresário sugeriu uma estratégia para que a nova legenda tenha impacto prático no Legislativo. A ideia seria concentrar esforços em duas ou três cadeiras no Senado e entre oito a dez distritos na Câmara. Com as margens apertadas de votação, esses representantes poderiam atuar como decisivos em pautas polêmicas. Com informações de Jamil Chade, colunista do UOL.

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