As eleições gerais na Grã-Bretanha nesta quinta-feira são marcadas pela insatisfação com o governo conservador, além do ceticismo de que qualquer mudança poderia resolver os vários problemas do país.
Para analistas ouvidos pelo jornal The New York Times, os desafios justificam o ceticismo – e eles vão de uma economia estagnada a um sistema de saúde comprometido, e com poucas ferramentas para as resoluções.
Tudo indica que o Partido Trabalhista forme uma maioria considerável no Parlamento Britânico, mas seu líder, Keir Starmer, herdaria um “legado de cinzas” deixado pelos conservadores – e uma margem de manobra restrita para reverter o quadro.
Com um eleitorado exausto e desesperado por mudanças, a eleição também se mostra um divisor de águas para o cenário político britânico ao destacar o repúdio aos conservadores após 14 anos no poder, e a recondução dos trabalhistas cinco anos após sofrerem sua pior derrota eleitoral desde 1935.
Tal reviravolta também diz respeito ao processo que levou à saída da Grã-Bretanha da União Europeia em 2016, que levou a um racha no Partido Conservador, deixando-o cada vez mais radical em meio aos desafios da pandemia de covid-19 e o aumento do custo de vida.