Em meio às polêmicas da grande mídia sobre as divergências entre o governo federal e o Banco Central (BC), a maioria dos eleitores brasileiros se mostram favoráveis às críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a instituição monetária, de acordo com a nova pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10).

Grande parte dos entrevistados, 66%, responderam que concordam com as afirmações de Lula contra a política do BC, que manteve a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 10,5%. Apenas 23% discordam e 11% não sabem ou não responderam.

Chama atenção que as falas de Lula foram aprovadas tanto entre seus apoiadores quanto em relação aos eleitores de Jair Bolsonaro (PL), que elegeu o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Sobre a alta do dólar americano, relacionada pelos jornalões às falas de Lula, 53% vão contra a tese de que essa tenha sido a principal razão da subida. Já 34% responsabilizam o presidente pela escalada da moeda norte-americana e 13% não sabem ou não responderam.

Ao todo, 90% dos entrevistados também são favoráveis às declarações recentes do presidente de que os salários deveriam subir acima da inflação. Para 87%, os juros no Brasil são realmente muito altos e 84% concordam que as carnes consumidas pelos mais pobres deveriam ser isentas de impostos.

O presidente alcançou o maior índice de aprovação desde fevereiro, com apoio de 54% dos eleitores. Também subiu a avaliação geral do governo, que chegou a 36%.

A nova rodada da pesquisa Quaest, feita nos dias 5 e 8 de julho, ouviu 2 mil eleitores, com 16 anos ou mais, de forma presencial, em 120 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

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Última Atualização: 10/07/2024