Depois de lançar ofensas e mentiras contra outros candidatos à Prefeitura de São Paulo, Paulo Marçal (PRTB) percebeu que os ataques surtiram efeito e adotará o comportamento como estratégia na disputa eleitoral.
No último domingo (04), durante a oficialização da sua candidatura pelo PRTB à Prefeitura de São Paulo, Marçal chamou dois de seus adversários na disputa, sem citar nomes, de “fumadores de maconha”.
“Faz o exame toxicológico e você vai ver que tem dois que são fumadores de maconha, dos que estão concorrendo aí. Calma que vai chegar a sua hora. Eu vou ter que contar isso pra todo pai e mãe de família que a gente quer ter um prefeito que é fumador de maconha”, disse.
Influenciador digital, Marçal fez o suspense, mas afirmou que apresentará supostas provas de suas acusações durante o debate eleitoral amanhã (08), na TV Bandeirantes.
“Tem que mostrar um prontuário, tá na minha mão. Você quer mesmo bancar o bichão? Então vamos mostrar pra todo mundo. Já fica o aviso. Vou revelar no debate, pode aguardar, tá bom?”, disse.
O candidato, que é empresário, duplicou patrimônio sendo “guru motivacional” ou “coach” e influenciador digital, mostrou que participará dos debates e campanha disseminando ataques e tentando obter os votos de bolsonaristas na cidade.
A última pesquisa mostra o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o apresentador José Datena (PSDB) na disputa dos dois lugares que deverão ir a um segundo turno na capital, empatados tecnicamente com 20%, 19% e 19%, respectivamente, na Genial/Quaest.
Em junho, pesquisa AtlasIntel mostrou que Marçal apareceria em terceiro lugar das intenções de votos na Prefeitura de São Paulo, angariando 12,6%. À época, Boulos liderava com 35,7% e o atual prefeito aparecia em segundo lugar, com 23,4%.
Outras pesquisas mostraram que, associado a Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes perderia para Boulos no segundo turno das eleições. E é esse nicho que Marçal quer capitalizar.
Alvo de inquérito por crime de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indevida e lavagem de capitais, ele é suspeito por ter doado, a si próprio, altos montantes em campanhas eleitorais em 2023, que depois seriam remetidos a empresas das quais ele era sócio.