Eleição nos EUA: como as pesquisas eleitorais se movem após o ataque à segurança do presidente Trump

As primeiras pesquisas eleitorais nos Estados Unidos após o atentado contra Donald Trump no sábado 13 mostram estabilidade na corrida. O candidato do Partido Republicano lidera numericamente a disputa contra o presidente Joe Biden, do Partido Democrata, mas há um empate técnico.

O instituto Ipsos realizou um levantamento encomendado pela agência Reuters entre a segunda-feira 15 e a terça 16. Trump somou 43% da preferência, enquanto Biden teve 41%.

Outro levantamento do Ipsos encomendado pela Reuters mostrava ambos com 40% da preferência, entre 1º e 2 de julho. Como a margem de erro do instituto para ambas as pesquisas é de 3,1 pontos percentuais, a oscilação das intenções de voto não é estatisticamente relevante.

O Ipsos afirma que a corrida presidencial dos EUA está tecnicamente empatada ao longo de todo este ano. Em dez rodadas de pesquisas conduzidas pelo instituto, a maior diferença já registrada em 2024 foi de cinco pontos percentuais a favor de Trump, em janeiro. Em abril, a vantagem era de Biden: quatro pontos. Na maioria dos levantamentos, porém, a distância era menor ou houve empate nas intenções de voto.

O site especializado em pesquisas eleitorais FiveThirtyEight, que compila dados de levantamentos realizados por diversos institutos, confirma que a tendência é de disputa acirrada.

Uma ferramenta desenvolvida pela equipe do portal, que pertence ao grupo ABC News, mostra que, na média de dezenas de levantamentos, Trump quase sempre teve vantagem de dois pontos percentuais – embora algumas pesquisas mostrem Biden numericamente à frente.

Outros cenários

Em meio às especulações sobre uma possível substituição de Biden como candidato do Partido Democrata, alguns institutos testaram outros nomes como concorrentes de Trump – já confirmado como postulante republicano à Casa Branca. A atual vice-presidente, Kamala Harris, tem intenções de voto semelhantes às de Biden, ou seja, fica em condição de empate técnico com Trump.

A situação muda consideravelmente, porém, quando os nomes apresentados são os de Trump e da ex-primeira dama Michelle Obama. Em levantamento do Ipsos em 1º e 2 de julho, ela tinha mais de dez pontos percentuais de vantagem sobre o republicano.

Colégio eleitoral

As eleições nos Estados Unidos não são decididas por maioria simples de votos, e sim por um colégio eleitoral formado a partir da votação dos candidatos em cada um dos 50 estados do país. Ou seja: ter o maior número de eleitores nem sempre é suficiente para a vitória. Em 2016, por exemplo, Hillary Clinton somou 48% do total, mas Trump, que teve 46%, foi eleito após vencer em estados considerados “chave” no colégio eleitoral.

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