Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a eleição de 2026 “já começou”. O petista tratou do tema no início da reunião ministerial desta segunda-feira 20, a primeira do ano. No evento, que deve se estender durante todo o dia, o presidente abriu os trabalhos falando de cenário eleitoral e fazendo um balanço do trabalho do governo nos primeiros dois anos.
“A eleição do ano que vem já começou. É só ver o que vocês assistem na internet, para perceberem que eles já estão em campanha. E nós não podemos antecipar a campanha porque nós temos que trabalhar. Antecipar a campanha, para nós, é trabalhar, trabalhar, trabalhar e entregar para o povo aquilo que ele precisa”, afirmou Lula.
Apesar das melhoras nos índices de empregabilidade e na perspectiva de que a economia brasileira tenha crescido acima dos 3% em 2024, a avaliação do governo Lula segue patinando, como indicam pesquisas recentes de diversos institutos.
Para 2026, a oposição já articula um nome capaz de atrair o apoio dos eleitores insatisfeitos com o governo, especialmente após a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pela Justiça Eleitoral. Mesmo assim, Lula lidera as intenções de voto.
Reunião
A reunião ministerial de hoje tem como objetivo avaliar os dois primeiros anos de governo e projetar os próximos passos. Nas últimas semanas, Lula destacou que este ano deve marcar a “colheita” do que foi “plantado” no início do mandato. Entretanto, em seu discurso de hoje, ele reconheceu que as entregas do governo ainda não atingiram o esperado.
“Posso afirmar que o que entregamos ao povo ainda não corresponde ao que prometemos em 2022. Muitas das coisas que plantamos ainda não germinaram, não nasceram”, declarou o presidente.
Lula ressaltou que, daqui em diante, o governo não pode cometer erros. “Vocês [ministros] tiveram toda a liberdade para trabalhar, trazendo propostas que discutimos juntos. Nem tudo o que anunciamos já deu frutos, mas 2025 será o ano da colheita de tudo o que prometemos ao povo. Não podemos falhar, não podemos errar, e não temos o direito de errar. Reflitam sobre isso, pois chamarei muitos de vocês individualmente para conversar”, concluiu.