
O movimento de passageiros nos aeroportos brasileiros bateu recorde em 2025 e superou, pela primeira vez, os níveis registrados antes da pandemia. De janeiro a julho, foram 73,4 milhões de viajantes em voos nacionais e internacionais, contra 68,2 milhões no mesmo período de 2019, segundo levantamento do Ministério de Portos e Aeroportos com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), divulgado nesta quarta-feira.
Julho registrou o maior volume mensal desde o início da série histórica da Anac, em 2000: 11,6 milhões de passageiros, sendo 9 milhões apenas em voos domésticos. O crescimento em relação ao mesmo mês de 2024 foi de 7,5%, impulsionado pela retomada de rotas, pelo aumento da renda e pelo dólar valorizado, que estimula o turismo interno — tornando o Brasil mais barato para estrangeiros e as viagens nacionais mais atrativas para os brasileiros.
Nos sete primeiros meses de 2025, o mercado doméstico movimentou 57 milhões de passageiros, enquanto 16,4 milhões viajaram em voos internacionais, um avanço de 15% em comparação com 2024 — quase o dobro do ritmo de crescimento do mercado interno.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou o cenário otimista: “Se esse percentual de aumento se mantiver ao longo do segundo semestre, vamos fechar 2025 com cerca de 130 milhões de passageiros. Isso mostra a expansão do mercado aéreo no país e da infraestrutura aeroportuária”, afirmou. Em 2024, o total foi de 118 milhões.
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Rio de Janeiro cresce acima da média
No Rio de Janeiro, o movimento superou a média nacional. Entre janeiro e julho, Galeão e Santos Dumont somaram 13,2 milhões de passageiros, alta de 18,5% em relação a 2024 — quase o dobro da média nacional, de 9,6%.
O Galeão foi o destaque, com avanço de 25% e 9,8 milhões de viajantes, consolidando-se como o terceiro aeroporto mais movimentado do Brasil, atrás apenas de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo. Já o Santos Dumont recebeu 3,4 milhões de passageiros, alta de 3% no período.