
Neste sábado (8), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou suas redes sociais para mais uma vez atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, chamando-o de “psicopata sem limites”. A declaração ocorreu em meio a uma nova polêmica envolvendo o parlamentar e uma investigação sobre possível articulação com autoridades dos Estados Unidos contra o Judiciário brasileiro.
Em sua publicação, Eduardo Bolsonaro afirmou que Moraes “tem prendido velhinhas e mães de família inocentes” e criticou o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, a quem acusou de omissão em relação a parlamentares do PT. “Meu trabalho é buscar punições a violadores de direitos humanos básicos, já que não existe mais justiça no Brasil”, escreveu o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Prezado ex-MJ de Lula, José Eduardo Cardoso, discípulo do Ilmo. jurista Tomaz Turbando Bustamante, Moraes não é um desafeto meu tal qual um torcedor de um time não gosta daquele que torce para outro
Moraes é um psicopata sem limites, que tem prendido velhinhas e mães de família… pic.twitter.com/NtphuRbbYj
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) March 8, 2025
A declaração ocorre poucos dias após o ex-presidente Jair Bolsonaro criticar a possibilidade de apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro. O parlamentar é alvo de uma notícia-crime protocolada pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG), que pedem investigação por suposta articulação contra o STF nos EUA.
No último sábado (1), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, em até cinco dias, sobre a denúncia.
Em debate no programa “O Grande Debate”, da CNN Brasil, o ex-ministro José Eduardo Cardozo criticou a postura de Eduardo Bolsonaro, apontando falta de decoro parlamentar em suas viagens ao exterior. “Eu não posso ter um parlamentar indo para fora do país para articular, com autoridades de outro país, atingir autoridades no Brasil. Isso é absolutamente inaceitável”, declarou Cardozo.
Ele também mencionou que a conduta do deputado pode configurar crime contra a soberania nacional, caso tenha compartilhado informações sigilosas com estrangeiros. “Se Eduardo Bolsonaro entregou documentos classificados como secretos ou ultrassecretos a governos estrangeiros, pode haver enquadramento no Código Penal”, explicou.
O ex-ministro ressaltou que o Ministério Público deve examinar os fatos antes de decidir sobre a abertura de inquérito. “Uma coisa para mim é muito clara: independentemente da apuração dos fatos e de uma eventual tipificação futura, o ato claro e efetivo de falta de decoro está consumado”, concluiu.
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