Eduardo Bolsonaro provoca autoridades sobre sanções contra Moraes: “Não se metam”

Chico Alencar (PSOL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) debatem no CNN Arena. Reprodução

Na última quinta-feira (23), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, criticou a possível aplicação de sanções americanas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Residente no país desde fevereiro, o parlamentar classificou a medida como uma “guerra particular” do magistrado e sugeriu que aliados de Moraes também poderiam ser atingidos. A declaração foi feita durante um debate com o deputado federal Chico Alencar, no programa “CNN Arena”.

“Estão apenas sancionando Alexandre de Moraes e vão observar a reação das autoridades”, afirmou o filho “Zero Três” do inelegível. “Meu conselho a todas as autoridades de Brasília é: não se metam — essa é uma guerra particular dele. Ele matou Clezão e agora está puxando as fileiras para condenar alguém a 14 anos de cadeia por escrever ‘perdeu, mané’ de batom.”

Segundo Eduardo, as sanções em questão incluem o bloqueio de vistos e de cartões de crédito com bandeiras norte-americanas. A medida pode ter como base a Lei Magnitsky, que permite aos Estados Unidos punir estrangeiros acusados de corrupção ou de violações graves de direitos humanos, atingindo suas finanças, presença digital e até mesmo a entrada no país.

O senador Flávio Bolsonaro compartilhou a fala do irmão nas redes sociais, enquanto o senador republicano Marco Rubio confirmou que o Departamento de Estado dos EUA está analisando o caso, com “grande possibilidade” de sanções contra Moraes. O também republicano Corry Mills apontou um “declínio dos direitos humanos” no Brasil e uma suposta “perseguição política” contra Jair Bolsonaro como justificativas para a possível ação.

A reação foi imediata. A OAB Nacional repudiou a ameaça de sanções, classificando-a como uma violação à soberania brasileira e à independência dos Poderes. O ministro Gilmar Mendes também criticou a tentativa de interferência externa, reforçando que a regulação da democracia e da internet compete às próprias nações, e não a agentes estrangeiros.

Acompanhe a intervenção de Eduardo Bolsonaro:

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