O governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, desmentiu que a viagem de David Gamble ao Brasil, coordenador do escritório de sanções do Departamento de Estado, teria como objetivo punir o país, conforme divulgado pelo ex-deputado federal radicado nos EUA, Eduardo Bolsonaro.
Conforme a Casa Branca, a visita foi organizada pelo governo Lula, a fim de estabelecer cooperação entre ambos os países no combate ao crime organizado.
Segundo o 03, como é conhecido Eduardo no clã Bolsonaro, Gamble estaria no país para adotar medidas contra autoridades brasileiras, em especial contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator dos processos contra os golpistas do 8 de janeiro.
Durante a viagem, que faz parte da agenda oficial de cooperação entre Brasil e EUA, o funcionário do governo norte-americano terá encontros no Itamaraty, Ministério da Justiça e outros órgãos federais.
Questionado sobre eventuais desdobramentos além da agenda oficial de Gamble no país, o Departamento de Estado não se pronunciou até o mesmo sobre a missão ao Brasil, sobre as declarações do deputado licenciado ou sobre encontros com a família Bolsonaro. A informação também não foi comentada pela embaixada dos EUA.
Em abril, a cooperação Brasil e EUA contra gangues estrangeiras resultou na prisão de 18 brasileiros, suspeitos de participar de ações do PCC no exterior.
E, há uma semana, a Polícia Federal formalizou um acordo para o combate ao crime organizado, em que Brasil e EUA se comprometeram a trocar informações – parceria anunciada pelo governo Trump.
Ainda que o Brasil esteja aberto ao diálogo com o governo Trump, especialmente diante da polêmica sobre as tarifas impostas pelos EUA sobre produtos importados, uma eventual sanção imposta em resposta à atuação do ministro Alexandre de Moraes seria vista como um ataque às instituições brasileiras e demandaria reações.
*Com informações do UOL.
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