O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) atacou Paulo Marçal, que teve sua legenda, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), associada ao tráfico de drogas em um esquema com Primeiro Comando da Capital (PCC).
No ataque, o terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou uma reportagem do Estadão que foi o primeiro a noticiar as investigações contra o partido.
Na mensagem enviada à sua lista de contatos no WhatsApp, Eduardo anexou uma foto de Marçal com Tarcísio Escobar, dirigente do PRTB, e escreveu: “Muita gente reclama do PL, mas todo partido tem os seus problemas. E graças a Deus o do PL não é por envolvimento com droga ou PCC”.
O movimento do deputado federal ocorre em um momento estratégico para o Partido Liberal, com pesquisas mostrando um crescimento eleitoral de Marçal, que atualmente ocupa a terceira posição na corrida pela Prefeitura de São Paulo, atrás de Guilherme Boulos (PSOL) e do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Jair Bolsonaro.
A denúncia em questão envolve uma investigação da Polícia Civil que aponta o envolvimento de Tarcísio Escobar de Almeida, ex-presidente estadual do PRTB, e de Júlio César Pereira, conhecido como Gordão, sócio de Escobar. Ambos teriam estreitas ligações com Leonardo Alves Araújo, o Leonardo Avalanche, presidente nacional do PRTB.
Segundo a investigação, Escobar foi nomeado presidente estadual do partido em São Paulo por Avalanche no dia 18 de março, mas ocupou o cargo por apenas três dias antes de ser afastado oficialmente por “não ter título de eleitor”.
Apesar disso, ele continuou se apresentando como presidente em reuniões políticas até que o caso foi revelado pelo Estadão em maio. Escobar chegou a participar de eventos com Marçal, que se filiou ao PRTB em abril e teve sua pré-candidatura confirmada em maio.
As investigações sugerem que Escobar e Gordão estariam envolvidos em um esquema de troca de veículos de luxo por drogas para o PCC, com os lucros sendo divididos entre eles.
A denúncia surgiu após a apreensão de materiais relacionados ao controle do PCC com Francisco Chagas de Sousa, conhecido como Coringa, que teria atuado diretamente no tráfico interestadual, utilizando automóveis como pagamento e transporte de drogas.