Eduardo Bolsonaro é alvo do Coaf por suspeita de lavagem de dinheiro

Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi citado em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que identificou suspeitas de lavagem de dinheiro em suas movimentações bancárias. O documento foi produzido a pedido da Polícia Federal e inclui operações realizadas entre 2023 e 2025.

Segundo o relatório, Eduardo recebeu R$ 4,16 milhões no período de setembro de 2023 a junho de 2025 e transferiu praticamente o mesmo valor: R$ 4,14 milhões. As operações consideradas suspeitas tiveram início em março de 2023 e foram incorporadas ao inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Grande parte dos recursos teria vindo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que transferiu R$ 2,1 milhões ao filho. Eduardo também recebeu R$ 683,6 mil da empresa Eduardo B Cursos, administrada por ele e pela esposa, Heloísa Bolsonaro. Os investigadores apontam ainda que parte dos valores foi destinada a uma empresa de câmbio.

Jair Bolsonaro durante depoimento no STF. Foto: Antonio Augusto/STF

Entre os destinatários das transações, Heloísa recebeu R$ 212,3 mil, enquanto uma empresa de câmbio teria recebido R$ 1,7 milhão. Esses repasses reforçam a linha de investigação sobre possíveis operações de lavagem de dinheiro envolvendo o parlamentar e pessoas próximas.

A Polícia Federal já havia indiciado Eduardo e Jair Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O relatório do Coaf agora soma novas suspeitas às apurações em andamento.

Em nota, Eduardo Bolsonaro afirmou que o indiciamento busca apenas “provocar desgaste político” e classificou as acusações como “delirantes”. Seus advogados ainda não se pronunciaram sobre o novo relatório, enquanto o STF analisa os próximos passos da investigação.

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